VÍDEO: Com um caixão em cima do carro, filho protesta morte da mãe por negligência médica
Vítima de 71 anos morreu ano passado na UPA Leblon
Um protesto realizado por dois carros e um "caixão fake" chamou atenção de quem passava pela Avenida Afonso Pena na tarde desta sexta-feira (27), em Campo Grande.
Quem participava do ato era Evandro de Souza Oliveira, de 48 anos, e seus dois filhos. O auxiliar de enfermagem aposentado protestava a morte da mãe, Maria do Carmo de Souza, de 71 anos.
Segundo ele, a idosa morreu na UPA Leblon, em 9 de julho 2020, por negligência médica. Evandro relatou que dona Maria deu entrada na unidade às 8 horas e 20 minutos da manhã.
A mãe chegou passando mal e, por volta das 15 horas, morreu. "Ela ficou sete horas em uma maca, foi direto para a emergência, agonizando de dor, sem ar, sem oxigênio, roxa", lembra Evandro.
"Nem tiraram o chinelo do pé da minha mãe. Eu rasguei meu diploma e cancelei minha inscrição no Coren (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul)", declara.
Desde então, há um ano e três meses, o filho está em busca de justiça pelo falecimento da mãe. Ainda de acordo com ele, o médico que atendeu Dona Maria continua trabalhando no local.
Evandro ainda lembra que no dia o médico chegou a enviar solicitação de exame de sangue e eletrocardiograma da paciente. Horas depois, respondeu que ela havia falecido.
O auxiliar de enfermagem aposentado alega que a Prefeitura apenas advertiu o profissional e o afastou do trabalho. Essas informações, conforme Evandro, saíram no Diário Oficial.
Levando o caso a público, Evandro diz que foi acusado de calúnia pelo médico, sendo que o advogado do mesmo ainda solicitou R$ 40 mil de indenização.
"Esse protesto é para pedir posição do CRM (Conselho Regional de Medicina) e da justiça, que não se manifestou", explica Evandro.
Junto dos filhos, e em dois carros, seguirão para a Avenida Mato Grosso. Provavelmente, marcarão presença na Avenida Eduardo Elias Zahran e irão até a saída para São Paulo.