Trio é preso em MS por latrocínio de militar e assalto com tiro em idoso
Três jovens foram presos suspeitos de matar um militar a tiros durante assalto e ferir outras duas pessoas também em roubos de celulares em Campo Grande. Eles foram apresentados nesta sexta-feira (22). Os crimes aconteceram nos dias 23 e 24 de junho. No primeiro deles, umidoso foi atingido por um tiro na cabeça em um ponto de ônibus. No segundo, um jovem foi esfaqueado ao ter o celular roubado e no terceiro, um militar foi morto a tiros depois de reagir.
Um quarto suspeito de participar dos roubos, Elisson da Silva Crisanto de Souza, foi morto em troca de tiros com policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque). Segundo os delegados Reginaldo Salomão e Carlos Delano, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf), o trio escolhia as vítimas e optava por mulheres, idosos e pessoas sozinhas, sempre pela manhã em pontos de ônibus.
Naquele dia 23 de junho, eles fizeram quatro roubos. Pegaram o celular de um rapaz de 40 anos, no outro pegaram um celular de uma mulher de 25 anos, outro rapaz na esquina do ponto de ônibus e logo depois foram até onde estava o idoso, e nessa apuração chegamos a informação de que os suspeitos estão relacionados aos outros crimes subsequentes, explicou Carlos Delano.
Na ocasião, Elisson e Wesley Henrique Lima, 19 anos, usaram a motocicleta de Moisés Gonçalves Pegado, 19 anos, que emprestava o veículo para receber pagamento, sabendo que seria usada para crimes. Um carro prata também foi usado pela quadrilha, segundo os delegados.
Wesley, Elisson e Moisés moravam juntos no Dom Antônio Barbosa e praticavam roubos na região, geralmente contra trabalhadores que estavam a caminho do serviço. Wesley disse que só estava junto com os demais e contou que participava dos crimes para sobreviver. A gente tem que sobreviver, tem trabalho, mas não acha serviço.
Caio Gabriel Lima de Oliveria, 20 anos, também confessou participação nos crimes e se demonstrou frio ao falar sobre os tiros e facadas contra as vítimas. Quando a vítima reage tem que fazer isso aí, não é certo, mas tem que faze. Se precisar tem que atirar de preferência não pra matar, pra ferir só. Me arrependo porque tenho filho agora pode ser com meu filho uma hora, mas a justiça divina é maior e uma hora a gente tem que arrepender, afirmou.
Moisés Gonçalves Pegado, 19 anos, também confessou que atirou e matou o militar durante o roubo no bairro Parati. Confirmo porque ele reagiu. Olhei pro lado, ele reagiu e eu atirei. Arrependimento eu tenho, mas agora vou pagar pelo crime que eu cometi, finalizou.
Eles vão responder por roubo seguido de morte, roubo seguido de lesão grave e roubo majorado por concurso de pessoa e emprego de arma.
G1 MS