Soltura de mosquitos Aedes eagypti com a bactéria Wolbachia ocorrerá este mês em Campo Grande

05/11/2020 07h49 - Atualizado há 4 anos

A capital é uma das cidades do país que recebe a implantação do projeto de combate a doenças transmitidas por mosquitos

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Com o tempo a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia se torna maior do que os que não possuem a bactéria. - Divulgação

Thais Libni

Paralisadas desde o início do ano, por causa da pandemia de Covid-19, a soltura dos mosquitos com a bacteria Wolbachia, que inibe a transmissão do vírus da dengue nos mosquitos Aedes argypti, será retomada nesta semana em Campo Grande.

Prevista para acontecer no segundo semestre do ano, o projeto teve que atrasar suas atividades para este mês. As duas etapas contarão com oito mil recipientes com mosquitos liberados toda semana.

A liberação dos mosquitos acontecerá durante quatro meses, em bairros específicos da capital. A primeira etapa ocorrerá nos bairros Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Cophavila II, Tijuca e Lageado.

A segunda etapa ocorrerá nos bairros Centro Oeste, Vila Jacy, Jockey Clube, Moreninhas, Pioneiros, Parati, Alves Pereira, Piratininga, Taquarussu, Jardim América e Los Angeles.

Em nota o coordenador do projeto, Gabriel Sylvestre, explica “começamos de forma mais intensa agora o engajamento da população. É importante que todos saibam o que estamos fazendo e aprovem a soltura dos mosquitos com wolbachia, a partir daí se inicia a liberação dele”, pontuou o coordenador.

A ação é realizada a partir da introdução de uma bactéria comum em 60% das espécies de insetos, no mosquito do Aedes aegypti, esse procedimento impede que o vírus de doenças no organismo do mesmo se desenvolvam. Com isso, se torna possível combater doenças como a chykungunya, dengue e zika causadas pelo mosquito.

A iniciativa conta com o apoio da população, que recebe orientações sobre a solta dos mosquitos.

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Esquema de reprodução dos mosquitos - Divulgação

O método surgiu na Austrália pelo Word Mosquito Program (WMP), que visa combater doenças transmitidas por mosquitos.

A fundação Oswaldo Cruz foi quem implementou a iniciativa no Brasil, em parceria com governos locais e financiamento do Ministério da Saúde.

Atualmente Campo Grande (MS), Petrolina (PE) e Belo Horizonte (MG) são as cidades que se encontram em processo de implantação do WMP.

CORREIO DO ESTADO