Sem oportunidades de emprego, haitianos deixam Três Lagoas

10/06/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

A crise econômica, que atinge todo o país, vem refletindo também em Três Lagoas (MS) e a oferta de emprego é um pouco mais tímida desde o início deste ano. A expectativa é que o número de ofertas de emprego aumente com a ampliação das fábricas de celulose, Eldorado Brasil e Fibria.

A baixa taxa de emprego tem motivado haitianos deixarem a cidade e partirem para outros locais, onde eles acreditam encontrar mais ofertas.

De acordo com a assessoria da Delegacia de Polícia Federal de Três Lagoas, uma pesquisa informal mostra que existem cerca de 600 haitianos hoje em dia. No ano passado, porém, mais de mil deram entrada a cidade e fizeram registro de mudança de endereço na delegacia.

A Polícia Federal explicou que os haitianos não precisam passar pela delegacia para falar que vão mudar de cidade, porém, os que chegam precisam declarar o endereço, obrigatoriamente. É nesse momento que eles falam que seus “companheiros” encontram dificuldade de emprego na cidade e tem optado por partir para grande São Paulo ou para cidades do Sul do país.

A PF informou também que enquanto nos primeiros quatro meses do ano passado, 500 novos haitianos chegaram ao município. No mesmo período deste ano, apenas 80 declararam residência em Três Lagoas.

A chegada dos refugiados do Haiti em Três Lagoas começou há pouco mais de dois anos. Porém, muitos deles passaram a vir para o Brasil a partir de 2010, quando uma catástrofe natural resultou na morte de mais de 300 mil pessoas. Hoje, a maioria entra no Brasil pelo Acre, tanto que o governo daquele estado investiu em transportes e espalhou mais de dois mil deles para outras regiões do país nos últimos meses; a maioria foi para a capital de São Paulo.

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