Saldo de empregos no MS cresce 36% impulsionado pela agropecuária

21/07/2018 00h00 - Atualizado há 5 anos
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Divulgação

Em cenário nacional número de empregos criados foi de 392,4 mil

As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta sexta-feira (20), apontam para um fechamento de semestre positivo no saldo de empregos em Mato Grosso do Sul.

No 1º semestre de 2017, a variação absoluta foi de 4.271 empregos contra 5.821 neste ano, resultando em um crescimento de 38%, na comparação entre os dois períodos. 

No cenário nacional, a tendência também demonstra resultados positivos, ainda que mais modesto, visto que o acumulado deste ano (janeiro a junho), o saldo é de 392.461 empregos, implicando em um crescimento de 1,04%.

Se a comparação for ampliada para os últimos 12 meses (julho de 2017 a junho de 2018), o resultado é menor, mas, ainda positivo com 280.093 postos de emprego criados, representando 0,74%. 

Com relação ao desempenho por setor econômico, as atividades agropecuárias obteram melhores resultados, com saldo de 40,917 empregos criados em junho, o que implicou em uma expansão de 2,58%. Já o comércio teve o pior resultado do mês, com retração de - 0,23% ou saldo negativo de - 20.971 vagas. 

ANÁLISE ECONÔMICA

De acordo com a economista e consultora de mercado financeiro, Adriana Mascarenhas, o resultado positivo na agropecuária não deve ser desmerecido, mas, é preciso destacar que acompanha períodos sazonais de colheitas (milho segunda safra, seringueira e eucalipto).

Na época de colheita aumenta o número de empregos temporários, ainda mais em dois cultivos com resultados tão positivos. Porém, é preciso avaliar com cautela já que até o final do ciclo as contratações caem e os desligamentos aumentam, explica. 

Sobre o setor do comércio, a economista avalia que a retração do comércio ainda é resultado da crise financeira brasileira intensificada em 2017, a qual abalou a confiança dos consumidores e empresários.

O melhor termômetro para analisar a recuperação do mercado é a construção civil, pois quando o setor melhora, os demais acompanham o crescimento. No entanto, as sucessivas crises na política nacional refletem no desinteresse de novos investidores, bem como no desemprego interno, conclui. 

Por ALINE OLIVEIRA - Correio do Estado

Imagem ilustrativa Blog Última Vaga