O segundo motorista que estaria disputando "racha" em avenida de Rio Brilhante momentos antes de acidente que vitimou Samuel Pompílio Bernardino dos Santos, 22, no sábado passado (19), foi preso pela Polícia Civil nesta quarta-feira (23).

Rony, 33, havia se apresentado hoje pela manhã na delegacia acompanhado de um advogado. Em decorrência das provas que compõem o inquérito policial, o suspeito foi detido pelos policiais por meio de mandado de prisão preventiva.

Entre as principais provas levantadas pelos investigadores estão imagens gravadas por câmeras de segurança que mostram Rony, em um HB20, e o motorista do Corolla, Flaviano, 26, - preso desde sábado (19) - trafegando em alta velocidade. O que indica que os dois estavam disputando uma corrida ilegal.

A brincadeira terminou em acidente fatal na Avenida Prefeito Theofanes, em Rio Brilhante, na saída para Maracaju. Com a violência do impacto, o moto entregador Samuel teve um braço e um dos pés amputados. O trabalhador foi a óbito logo após a colisão, antes da chegada das equipes de resgate.

Em entrevista concedida ao Rio Brilhante em Tempo Real, o delegado da Polícia Civil da cidade responsável pelo caso, Alexandre Neves, chegou a comentar que já trabalhava com a hipótese de "racha" desde o início das investigações em decorrência das imagens e de depoimentos de testemunhas oculares.

“ Em um trecho de pista em boas condições e bem iluminada não tendo outro motivo para o condutor não ver a aproximação da moto a não ser pela imperícia, embriaguez e alta velocidade. Motivo pelo qual a investigação concluiu se tratar de homicídio doloso’’, explicou Neves.

Os corredores deverão responder por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de produzir a morte, além da disputa de velocidade com veículo automotor em via pública, conhecido como “racha”.

As investigações indicam ainda que Flaviano e Rony estavam em Maracaju durante o sábado (19), onde teriam ingerido bebida alcoólica e retornado para Rio Brilhante em estado de embriaguez, o que provavelmente diminuiu a capacidade motora de reação ao volante.

A Polícia Civil de Rio Brilhante agora permanece aguardando os laudos periciais do local e do IML (Instituto Médico Legal) para concluir o inquérito.

Por Wender Carbonari

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