Resende defende obrigatoriedade da vacina contra a Covid em Mato Grosso do Sul

21/10/2020 07h58 - Atualizado há 4 anos

Presidente disse que não haverá obrigação; Secretário afirma que o Estado segue o que orienta e ciência

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Divulgação

Glaucea Vaccari

Vacina contra a Covid-19 ainda não ficou pronta, mas já é alvo de debates sobre a obrigatoriedade ou não de imunização no Brasil. Presidente Jair Bolsonaro afirmou, em mais de uma ocasião, que a vacinação não será obrigatória. No entanto, secretário estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, disse que o Estado se posiciona pela imunização compulsória.

"Aqui no mato grosso do sul, para não polemizar, nós haveremos de seguir o que recomenda a ciência, o uso compulsório da vacina. Essa é a indicação que eu vou fazer ao governo, ou seja, a obrigatoriedade da vacina, porque nós estamos não só nos protegendo, mas protegendo o conjunto da sociedade", disse Resende, em live realizada nesta terça-feira (20).

A determinação da obrigatoriedade da vacinação cabe ao governo federal e Bolsonaro afirmou que cabe ao Ministério da Saúde definir o Programa Nacional de Imunizações, mas que já está decidido que a vacina contra a Covid-19 não fará parte das obrigatórias.

Resende disse que o objetivo ao defender a obrigação não é polemizar, mas deixar claro o posicionamento do Estado.

"Deixando o mais claro possível a nossa posição quanto a essa que é hoje mais um enveredamento na seara política que a gente está vendo sobre o uso da vacina. Vacina é um bem da humanidade, a vacina tem que ser compartilhada e nós precisamos saber que ela tem que ser feita em todos", defendeu o secretário.

Governador de São Paulo, João Dória, também se posicionou pela compulsoriedade e disse que a vacinação será obrigatória em São Paulo, gerando ainda mais embate com o presidente, que voltou a dizer que "a vacina não será obrigatória e ponto final".

Seis vacinas contra a Covid-19 estão em fase final de desenvolvimento no mundo todo.

Quatro estão em testes no Brasil, com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo a de Oxford; Coronac, desenvolvida pela Sinovac da China e em parceria com o Instituto Butantã; Sputnik, da Rússia; Vacina BioNTech e Wyeth/Pfizer e Jansen-Cilag, da Johnson & Johnson..

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