Promotores criticam UTR, mas questionam protestos de catadores

02/06/2016 00h00 - Atualizado há 5 anos
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Divulgação

As recentes manifestações de catadores que trabalhavam no aterro sanitário de Campo Grande e que depois do fechamento do espaço afirmam que enfrentam dificuldades financeiras não traduzem totalmente a realidade. Pelo menos essa é a interpretação do Ministério Público Estadual (MPE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT-MS).

Em entrevista coletiva concedida hoje, os promotores Luz Marina Borges, Henrique Franco Candia e o procurador do trabalho Paulo Douglas de Moraes afirmam que a maioria dos catadores que atuava no lixão está empregada e que os que ainda manifestam são motivados a mando de políticos.

Apesar de defender que a realidade é diferente do que os catadores afirmam, os promotores afirmam que há descaso do poder público e da concessionária CG Solurb em relação ao pleno funcionamento da Unidade de Triagem de Resíduos (UTR), que poderia abrigar muito mais trabalhadores.

Atualmente, nas contas dos promotores, são 120 catadores sem trabalho por conta do lixão fechado. Luz Marina afirma que a UTR está “ociosa, mal aproveitada” e que uma das esteiras que está desativada poderia comportar 30 catadores.

Para o MPT, a realocação dos trabalhadores foi feita de forma satisfatória pela Solurb. Foram 132 catadores contratados e outros 43 serão admitidos até o dia 13 deste mês.

As manifestações, para o procurador Paulo Douglas, são encabeçadas por “agentes públicos por conta do período eleitoral”.

Correio do Estado