Professores lotam Assembleia de MS e Câmara da capital por salário

02/06/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

Em greve, professores da rede pública de ensino de Mato Grosso do Sul lotam, na manhã desta terça-feira (2), a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal de Campo Grande. Eles estão com cartazes, faixas, alguns vestidos com camiseta preta em referência a luto e nariz de palhaço. A categoria pede que seja cumprido o pagamento do piso nacional dos docentes.

O governo do estado diz que os professores estaduais recebem salário acima do piso nacional e não irá conceder reajuste. A prefeitura da capital sul-mato-grossense teve várias reuniões com os professores, na última fez proposta, a qual não foi aceita pela classe.

Assemleia Legislativa

Nem a chuva impediu a manifestação. Professores se espalharam pelo plenário e saguão da Assembleia. A organização fala em 4 mil pessoas. A Polícia Militar (PM) diz que são 2,6 mil.

Roberto Botarelli é presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e diz que a categoria está lá para lutar pelo piso nacional. Enquanto o governo não cumprir a lei, vamos continuar em greve, fala. Eles estão parados desde o dia 27 de maio.

De acordo com Botarelli, por 20h, os professores do estado recebem R$ 1.331 enquanto que o nacional R$ 1.917. O governo diz que a categoria recebe o terceiro maior salário do país.

A professora de Três Lagoas, Larissa Santanter viajou 313 quilômetros de Campo Grande com mais 150 colegas para participar do ato em Campo Grande. Ela diz que a intenção é a valorização da classe. Toda a categoria não é valorizada. Estamos buscando melhorias em movimento pacífico.

A Justiça de Mato Grosso do Sul determinou o retorno de 60% dos professores a salas de aula. A Fetems diz que vai recorrer.

Câmara Municipal

Mais uma vez professores em greve desde o dia 25 de maio lotam o local. Esta já é a terceira vez em três semanas que eles vão à Casa de Leis em busca de apoio dos vereadores.

Waldemar Gonçalves Cardoso é tesoureiro do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) e fala que a intenção do grupo é que a prefeitura pague o piso nacional.

http://g1.globo.com