Os presos que destruíram duas, das três celas da delegacia de Chapadão do Sul, cidade distante a 333 quilômetros de Campo Grande, foram transferidos para outras duas unidades de segurança. O espaço danificado pelos detentos havia sido inaugurado há aproximadamente 40 dias.

Agora, a delegacia conta apenas com uma cela, a qual está ocupada por uma mulher que deve ser transferida para o presídio feminino de Três Lagoas. A delegada regional de Paranaíba, responsável também por Chapadão do Sul, Cintya Rogério Rodrigues Taiar, disse ao G1, que o atendimento à população não foi prejudicado

Segundo Cintya Taiar, não há previsão para começar a reforma na unidade. As informações sobre a situação na delegacia foram repassadas à Delegacia Geral de Polícia Civil de Campo Grande (DGPC), que deve definir sobre obras no local.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da DGPC e aguarda retorno.

Dos vinte presos que participaram do motim, 10 foram transferidos para a delegacia de Cassilândia e 10 para a delegacia de Paranaíba.

O presidente do Sindicato do Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS), Giancarlo Miranda, afirmou que uma equipe viajou para Chapadão do Sul  para acompanhar o caso e ver avaliar as condições de trabalho dos agentes.

Motim

Conforme informações do boletim de ocorrência, o motim começou com a prisão de um rapaz de 26 anos, no início da noite de sexta-feira (21). Ele estava nervoso, foi colocado em uma cela e começou a se debater contra as grades, dando início à confusão.

Segundo o registro policial, os demais presos começaram a colocar fogo em colchões, roupas, quebraram grades, beliches e danificaram os cadeados.

A Polícia Militar (PM) foi à cadeia, precisou usar dois capôs de veículos como escudo porque os presos jogavam blocos de concreto e foram utilizados gás de pimenta e de efeito moral para conter os presos.

G1 MS