Prefeitura de Campo Grande tem 72 horas para se manifestar sobre lockdown

05/08/2020 09h36 - Atualizado há 3 anos

Marcos Trad e comerciantes são contra fechamento por 14 dias; juiz vai se manifestar até o fim da semana, após resposta da prefeitura

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Defensoria quer fechamento do comércio para evitar a circulação de pessoas - Álvaro Rezende/Correio do Estado

Daiany Albuquerque, Eduardo Miranda

O combate à Covid-19 em Campo Grande foi judicializado, e uma decisão deve sair até o fim desta semana. A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, por meio do defensor-público-geral, Fábio Rogério Rombi da Silva, ingressou com uma ação civil pública pedindo a restrição total (lockdown) por pelo menos 14 dias.

Uma decisão, porém, só deve ser tomada pelo juiz José Henrique Neiva Carvalho e Silva, titular da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, depois que a Prefeitura de Campo Grande se manifestar nos autos. O magistrado deu 72 horas para a administração se defender.

Fora dos autos do processo, as reações vieram: contrárias, dos comerciantes, dos vereadores e do prefeito da Capital, Marcos Trad (PSD), e favoráveis, na comunidade médica e em autoridades da Secretaria Estadual de Saúde.

A indicação do governo de Mato Grosso do Sul para se adotar uma quarentena com somente as atividades essenciais liberadas, feita na semana passada, é usada como argumento do defensor público-geral de MS. Mas o que Fábio Rombi da Silva quer mesmo é o lockdown: restrição total.

O chefe da Defensoria pede até restrições à circulação de veículos particulares e limitação do funcionamento do transporte coletivo. Também quer o uso total do efetivo da guarda municipal, dos servidores de fiscalização da área de segurança e também das forças de segurança estaduais, fiscalizando o cumprimento do lockdown.

CORREIO DO ESTADO