Preço da gasolina de MS está entre os maiores do país

04/05/2017 00h00 - Atualizado há 5 anos
Cb image default
Divulgação

to Grosso do Sul aparece na lista dos estados onde a gasolina está mais cara. Isso, apesar da redução registrada na maioria das regiões do país, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP).

“Está muito caro! Muito, demais!! Essas bombas aí, cada dia, tá ficando complicado!”, diz o autônomo Humberto César Vargas.

“Eu só vejo aumento. Eu não vejo assim, uma coisa baixando. sempre um aumento... prejuízo para nós!”, afirma o empresário Fernando Coutinho.

Tem motorista que fala que o preço da gasolina está complicando o orçamento da família.

“Eu tô deixando R$ 450 todo mês e rodando menos”, conta a agrônoma Nara Rocha Dias.

Nos últimos dois anos, o preço médio por litro da gasolina no mês de abril teve reajuste de 5%.

Em 2015, custava R$ 3,41. Este ano, R$ 3,59.

“Não tem jeito, a gente depende do carro pra trabalhar, então, o jeito é pagar, infelizmente”, lamenta o repositor Guilherme Vilhalba.

A realidade aqui é bem diferente do que vem acontecendo na maioria das regiões do país, onde o preço da gasolina vem registrando queda.

Segundo a ANP, Mato Grosso do Sul é um dos sete estados do Brasil em que o valor do combustível tem apresentado alta. Um dos principais motivos é a longa distância das refinarias.

“Nós estamos há aproximadamente 1.000 quilômetros da refinaria de Paulínia, então, esse frete que a distribuidora coloca é por quilômetro rodado, certamente é um frete muito mais caro do que as cidades interioranas de São Paulo, por exemplo”, diz o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Valmir Faleiros.

Para o economista Fernando Abrahão, é difícil prever uma mudança de cenário. “Cada estado adota uma forma de tributação e essa forma, dependendo da ocasião, pode onerar mais ou menos o preço do combustível. E o empresário acaba transferindo isso pro consumidor”, disse.

Para o motorista, resta, então, buscar outras opções de transporte. “Usar ônibus, andar de bicicleta, alternativa, né?”, diz a cabeleireira Jussara Martins.

Em Três Lagoas, no leste do estado, para fugir dos quase R$ 4 nas bombas, os motoristas atravessam a ponte até Castilho (SP), onde o combustível custa R$ 0,75 a menos.

“Enchi o tanque aqui e provavelmente devo ter economizado uns R$ 40. Se eu fosse abastecer em Três Lagoas....”, disse o empresário Adriano Vialli.

G1 MS