Pedreiro é assassinado com golpes de tronco de árvore por traficante que acaba preso
Dívida de drogas teria motivado assassinato na manhã deste domingo (5)
Mauro Machado de Matos, de 51 anos, foi assassinado com golpes de tronco de árvore, em Maracaju, a 149 quilômetros de Campo Grande, na manhã deste domingo (5). O autor, de 28 anos, fugiu, mas foi preso em flagrante na casa de um familiar horas depois.
O crime aconteceu na região conhecida como ‘Poeirinha’, nos fundos da antiga estação ferroviária, conhecida por ser ponto de usuários de drogas, traficantes e moradores em situação de rua. Segundo o boletim de ocorrência, o Corpo de Bombeiros foi acionado, mas ao chegar no local, o pedreiro já estava em óbito. Diante disso, a PM (Polícia Militar) e a Polícia Civil se deslocaram para a região.
Aos policiais, testemunhas relataram que a vítima foi assassinada com um tronco de árvore. Logo, o autor foi identificado e os militares iniciaram diligências pela cidade.
Durante as diligências, a equipe foi até a residência do tio do autor, onde o mesmo afirmou que o rapaz chegou no imóvel visivelmente abalado. Ao tio, o autor teria comentado que cometeu um homicídio contra Mauro, mas, inicialmente, ele não acreditou. Então, o familiar permitiu que o sobrinho descansasse em um dos quartos.
Confissão
Diante do relato do familiar, os policiais foram até o quarto e encontraram o autor deitado. Logo, ele confessou o crime, mas somente depois, na presença de policiais civis, detalhou a dinâmica.
De acordo com o registro policial, o autor foi até o local com um colega para “tirar uma a limpo com Mauro”. Na ocasião, ele empurrou o pedreiro, que caiu ao chão, e passou a efetuar chutes na cabeça dele.
Em seguida, o colega interviu e pediu que Mauro deitasse em um sofá a aproximadamente 25 metros de distância. Logo que o pedreiro deitou, o autor correu, pegou um tronco de madeira e desferiu de cinco a seis golpes na cabeça de Mauro.
Já o colega que presenciou o homicídio revelou que Mauro havia adquirido drogas com o autor na estação ferroviária e, depois, retornou para pegar mais entorpecentes, gerando uma dívida. Ao saber da dívida, o colega foi até a estação e questionou o autor, momento em que o rapaz decidiu ir até Mauro para esclarecer os fatos. Contudo, conforme o relato do colega, o autor já chegou agredido Mauro.
O caso foi registrado como homicídio qualificado pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
Lívia Bezerra
MIDIAMAX