Pedreiro é assassinado com golpes de tronco de árvore por traficante que acaba preso

06/10/2025 09h07 - Atualizado há 4 dias

Dívida de drogas teria motivado assassinato na manhã deste domingo (5)

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PM no local do crime. (Reprodução, Robertinho/Maracaju Speed)

Mauro Machado de Matos, de 51 anos, foi assassinado com golpes de tronco de árvore, em Maracaju, a 149 quilômetros de Campo Grande, na manhã deste domingo (5). O autor, de 28 anos, fugiu, mas foi preso em flagrante na casa de um familiar horas depois.

O crime aconteceu na região conhecida como ‘Poeirinha’, nos fundos da antiga estação ferroviária, conhecida por ser ponto de usuários de drogas, traficantes e moradores em situação de rua. Segundo o boletim de ocorrência, o Corpo de Bombeiros foi acionado, mas ao chegar no local, o pedreiro já estava em óbito. Diante disso, a PM (Polícia Militar) e a Polícia Civil se deslocaram para a região.

Aos policiais, testemunhas relataram que a vítima foi assassinada com um tronco de árvore. Logo, o autor foi identificado e os militares iniciaram diligências pela cidade.

Durante as diligências, a equipe foi até a residência do tio do autor, onde o mesmo afirmou que o rapaz chegou no imóvel visivelmente abalado. Ao tio, o autor teria comentado que cometeu um homicídio contra Mauro, mas, inicialmente, ele não acreditou. Então, o familiar permitiu que o sobrinho descansasse em um dos quartos.

Confissão

Diante do relato do familiar, os policiais foram até o quarto e encontraram o autor deitado. Logo, ele confessou o crime, mas somente depois, na presença de policiais civis, detalhou a dinâmica.

De acordo com o registro policial, o autor foi até o local com um colega para “tirar uma a limpo com Mauro”. Na ocasião, ele empurrou o pedreiro, que caiu ao chão, e passou a efetuar chutes na cabeça dele.

Em seguida, o colega interviu e pediu que Mauro deitasse em um sofá a aproximadamente 25 metros de distância. Logo que o pedreiro deitou, o autor correu, pegou um tronco de madeira e desferiu de cinco a seis golpes na cabeça de Mauro.

Já o colega que presenciou o homicídio revelou que Mauro havia adquirido drogas com o autor na estação ferroviária e, depois, retornou para pegar mais entorpecentes, gerando uma dívida. Ao saber da dívida, o colega foi até a estação e questionou o autor, momento em que o rapaz decidiu ir até Mauro para esclarecer os fatos. Contudo, conforme o relato do colega, o autor já chegou agredido Mauro.

O caso foi registrado como homicídio qualificado pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.

Lívia Bezerra

MIDIAMAX