Pedra fundamental da APAC será lançada nesta sexta na Capital
Nesta sexta-feira (14), a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) fará o lançamento da pedra fundamental no terreno onde será construída a sede da associação. O evento será realizado às 10 horas, no km 362 da BR-060, saída para Sidrolândia.No dia 9 de novembro, a presidente da APAC, a defensora pública aposentada Helita Barbosa Lemos, fixou uma placa no terreno para que todos soubesse que, a partir daquele momento, o local era propriedade da Associação. Para ela, foi a realização de um sonho de longa data e o evento de lançamento da pedra fundamental marca uma nova etapa do processo.Helita adianta que a unidade abrigará em torno de 40 mulheres, sem agentes penitenciários, em um sistema que surgiu em países de primeiro mundo, como Nova Zelândia e Canadá, muito distante de tudo o que se conhece hoje sobre funcionamento de sistema prisional, onde as próprias presas fazem suas refeições e são responsáveis pela limpeza do local. “Elas receberão capacitação de cursos como de corte e costura, culinária e até mesmo aulas de música. O juízo da execução penal decidirá quem poderá ser encaminhada à unidade, sendo pré-requisito obrigatório a família ser residente em Campo Grande, pois neste modelo de ressocialização a participação dos familiares é fundamental”, explicou ela.O Des. Ruy Celso Barbosa Florence, um dos principais incentivadores da APAC, afirma que partir do lançamento da pedra fundamental começam os esforços para a construção do prédio. O magistrado contou que será feito ao Ministério da Justiça um pedido de viabilização da verba necessária e, caso não se consiga o montante, serão feitas parcerias privadas com empresas, ONGs e pessoas da sociedade que se comprometem a contribuir.O desembargador afirma ainda que o projeto é um sistema de humanização da pena, ou seja, um presídio sem grades, sem celas, onde o apenado cumpre uma série de obrigações do amanhecer ao anoitecer e o papel da família também é fundamental.“Vamos precisar da ajuda da sociedade, não só financeiramente, mas a ajuda de apoiar e aceitar, pois no período em que vivemos as pessoas não acreditam em humanização ou ressocialização de presos. Temos mais de 50 APACs no Brasil, a maioria no estado de Minas Gerais, e todas colhem bons frutos. Acreditamos que esse é o único sistema que realmente funciona na ressocialização dos apenados”, concluiu.
Autor da notícia: Secretaria de Comunicação - [email protected]