Para governo, só terceirização livra Corpo de Bombeiros da falta de viaturas para resgate

18/05/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

O tipo de viatura mais utilizado pelo Corpo de Bombeiros, a unidade de resgate, é o responsável pelas maiores dores de cabeça da corporação. Com a maioria das 11 unidades que atendem a Capital paradas em oficinas nos últimos dias, a expectativa é que, aos poucos, os veículos voltem para as ruas. No entanto, a solução definitiva só deve vir com a terceirização, que, apesar de anunciada desde o início do mandato de Reinaldo Azambuja (PSDB), ainda está no começo do processo burocrático.

Diante da precariedade da estrutura, os militares precisam contar com o auxílio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que, nos últimos dias, atendeu uma série de vítimas de acidentes de trânsito – situação incomum em casos sem alta complexidade –, para que o caos não ficasse totalmente evidente.

O comandante dos bombeiros, o coronel Esli Ricardo de Lima, confirmou a precariedade das viaturas e disse que tudo é resultado do excessivo uso dos veículos. “É comum essas viaturas ficarem nas oficinas, porque elas são usadas ao extremo e a reposição é morosa por conta da licitação que demora para ser feita”, disse o coronel.

Além de solucionar o problema das unidade de resgate, o governo quer, de uma vez por todas e de forma inédita, melhorar a qualidade da estrutura para combate a grandes incêndios. Tão esperada pela corporação, o caminhão equipado com escada magirus, aquela que possibilita acesso de militares a prédios, por exemplo, será comprada.

De acordo com o governador, o valor do veículo está orçado em R$ 4 milhões e a compra deve ser efetivada nas próximas semanas. A expectativa é que a escada já possa estar disponível para uso ainda no primeiro semestre deste ano.

A reportagem, de Aliny Mary Dias, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.