Mulher mandou áudio para cunhado após matar marido: ‘Me ajuda’

09/11/2025 11h56 - Atualizado há 1 dia

Suspeita entrou em contato com o irmão da vítima, relatou que estava em choque e disse que precisava de ajuda

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Carlos foi morto na varanda de casa. (Foto: Aline Machado/Jornal Midiamax)

A mulher de 26 anos suspeita de ter matado o marido a facadas, na noite de sexta-feira (7), no Jardim Tarumã, em Campo Grande, teria enviado áudios para o cunhado informando sobre a morte de Carlos Luis Urrieta Garcia, de 26 anos. Na mensagem, ela pede ajuda aos familiares da vítima.

No áudio, ao qual a reportagem do Midiamax teve acesso, a mulher diz que estava fazendo janta enquanto o marido estava na varanda com um amigo. Ela afirma que houve uma discussão e viu Carlos caído.

“Eu estava fazendo janta. Carlos estava na varanda com um amigo dele. Escutei uma discussão e quando vi ele já estava caído no chão. Agora ele está lá no chão. Está chegando Polícia, Bombeiros e eu estou com o neném. Preciso que vocês me ajudem”, diz.

No último áudio enviado para o cunhado, a mulher se diz abalada com a situação e reforça o pedido de ajuda. “Eu tô em estado de choque. Preciso que você venha, que alguém venha. Eu não tenho ninguém, você sabe. Não sei como vou mexer com essas coisas de enterro. Meu Deus, me ajuda!”, suplica.

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Carlos e o irmão. (Foto: Arquivo pessoal)

Conforme o boletim de ocorrência, durante atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), a mulher estava aflita e teria questionado: “Por que ele teve que discutir comigo?”

Ainda segundo o registro policial, a suspeita ficou no local durante o atendimento dos socorristas, mas após a confirmação do óbito, fugiu levando o filho de 9 meses.

Carlos era venezuelano e estava com a mulher há três anos. A família dele mora em Santa Catarina. À reportagem, um dos irmãos, Yefferson Daniel Urrieta Garcia, disse que a família está a caminho de Campo Grande e que não teve mais contato com a mulher de Carlos.

“Ela disse que a bateria do celular estava acabando e não conseguimos mais contato. Ela fugiu e levou o meu sobrinho”, frisa Yefferson.

Brigas Constantes

Na manhã deste sábado (8), moradores da região disseram à reportagem que a vítima e a mulher se desentendiam com frequência e, quase sempre, as discussões terminavam em agressões físicas mútuas, na rua. Mesmo assim, os vizinhos afirmaram que nunca imaginaram que as brigas acabariam em homicídio.

“Eles brigavam sempre, de se baterem na rua. Já vi isso acontecer várias vezes, mas nunca pensei que terminaria assim. Apesar das discussões, nunca chamaram a polícia. Eles mesmos se resolviam”, relata um vizinho, que prefere não se identificar.

Conforme o registro policial, o crime aconteceu por volta das 20 horas de sexta-feira (7), na varanda da casa onde a família morava. A mulher pediu ajuda aos vizinhos e o socorro foi acionado. Após a confirmação do óbito ela fugiu com o bebê de 9 meses.

No local, os policiais apreenderam um faca de cozinha com marcas de sangue. Não há informações sobre testemunhas do crime e a suspeita permanece foragida. O caso foi registrado como homicídio simples na Depac-Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento do Centro Especializado de Polícia Integrada).

Aline Machado, Monique Faria

MIDIAMAX