Morto abandonado em UPA após troca de tiros era chefe do tráfico

04/09/2024 09h17 - Atualizado há 2 mêses

Homem acumulava ficha criminal por receptação, tráfico e até estupro - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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(Foto: Direto das Ruas) 

Gideão Sanabria Lima, 36 anos, que morreu ao trocar tiros com a Polícia Militar na noite desta segunda-feira (2), comandava a "Boca do Gideão" no Bairro Nova Campo Grande, na Capital. O comércio de entorpecentes era realizado tranquilamente, à luz do dia, em barraco feito de paletes. O local é conhecido como Rua do Trilho, endereço que não consta no mapa urbano municipal. 

A ação da Polícia Militar iniciou para desmontar o esquema de tráfico e contou com a ajuda da ALI (Agência Local de Inteligência), que realizou monitoramento anterior à abordagem na noite de ontem. Neste ínterim, foram flagrados diversos usuários comprando drogas no barraco de Gideão.

Os agentes, então, decidiram fazer a abordagem e cercaram o local - área de mata que possibilitaria fuga. Assim que iniciaram a abordagem, os policiais disseram ter sido recebidos por tiros, sendo feito o revide e o autor foi atingido. Segundo o boletim, Gideão tinha sinais vitais quando foi socorrido pelos próprios militares, mas morreu na unidade de saúde.

Contudo, a reportagem do Campo Grande News apurou que ele chegou morto na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Santa Mônica em uma caminhonete escura, sem a identificação padrão das viaturas da PM.

Após o confronto, uma mulher que estava no barraco fugiu para a casa ao lado, mas foi abordada. Ela contou que não faz parte do tráfico, mas acabou presa em flagrante.

No barraco de Gideão, os policiais encontraram seis porções de cocaína, pesando 71 gramas, e 19 porções de maconha, pesando 100 gramas. Ainda havia outras porções de drogas caídas próximas ao local onde ocorreu o confronto, além da arma de fogo localizada com Gideão.

O homem morto tem diversos processos no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Foram encontradas passagens pelos crimes de receptação, estupro de vulnerável, atentado violento ao pudor e tráfico de drogas. 

Por Dayene Paz - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS