Morreu nesta terça-feira (1°) o idoso de 79 anos, que teve a casa e o corpo incendiados pelo filho, um policial militar da reserva, de 53 anos, no último dia 6 em Naviraí, cidade a 359 km de Campo Grande.

O idoso estava internado em coma na Santa Casa de Campo Grande, mas não resistiu.

O policial segue preso também em Campo Grande.

Briga e incêndio

O caso aconteceu na área rural Alto da Mata. A polícia foi acionada após o idoso dar entrada em estado grave no hospital da cidade com queimaduras pelo corpo.

A filha da vítima disse aos policiais que seu irmão teria agredido e ateado fogo em seu pai e que sua mãe, de 73 anos, estaria sozinha na casa com o autor.

Os policiais foram até o local e encontraram a casa destruída. A idosa estava com uma mangueira de Jardim tentando conter as chamas. Ela gritou que o filho estava na cozinha, que estava em chamas.

Os militares o encontraram caído inconsciente em meio à fumaça. Eles o arrastaram para fora e levaram mãe e filho para o hospital.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar o fogo que consumiu toda a residência.

Ao recobrar a consciência, o homem contou que não se lembrava de nada. Ele recebeu atendimento médico e foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia Civil.

O idoso, devido à gravidade, teve de ser transferido para Campo Grande.

Em áudio, a irmã do autor contou que ele chegou a agredi-la também. “De um jeito ou de outro ele vai ter que pagar pelo que fez com meu pai”, disse aos prantos, explicou.

Reincidente

Essa não é a primeira vez que o policial tenta ‘resolver problemas’ na base de incêndios. Em 2022, ele ateou fogo na casa da então esposa e foi preso.

A mulher estava trabalhando, quando a filha dela ligou pedindo para que não voltasse para a casa porque o pai estava alterado.

Após conter as chamas, o Corpo de Bombeiros encontrou uma espingarda no quintal da casa. A mulher disse que há dias o marido estava estranho, mas que não sabia o motivo das ações dele.

Mirian Machado, Renata Portela

MIDIAMAX