Material escolar varia até 1.020% no comércio da Capital
Para o Procon, pesquisa é fundamental para conseguir preços mais vantajosos
Com o início de mais um ano letivo, os pais têm uma nova preocupação: a compra do material escolar. Pesquisa realizada pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS) aponta que a diferença de preços pode chegar a 1.020% entre os estabelecimentos comerciais de Campo Grande. Na comparação anual, do total de 194 itens comparados, 131 aumentaram em relação ao ano passado.
A maior variação encontrada foi na fita durex 12x10 m da marca Adelbrás, que variou entre R$ 0,25 e R$ 2,80 (diferença de 1.020%). Enquanto o item com a menor diferença de preços foi a fita PVC transparente 45x30 m da marca Eurocel, com 4,09%, sendo o menor valor R$ 2,69 e o maior R$ 2,80.
De acordo com o superintendente do Procon, Marcelo Salomão, a pesquisa é fundamental. “Temos a convicção de que se os pais pesquisarem conseguirão economizar e vão até forçar a concorrência. Como o mercado é livre, é importante pesquisar e comprar do mais barato, sempre olhando a qualidade e a procedência do produto”, disse.
Entre os itens que merecem atenção na hora das compras, a borracha branca simples da marca Mercur foi de R$ 0,15 a R$ 0,90, variação de 500%. Já entre os apontadores, a maior variação (300%) foi encontrada no apontador simples sem depósito, que foi de R$ 0,25 a R$ 1,00. Um dos principais itens na lista de compras, o caderno também apresentou diferença entre os locais, conforme a pesquisa. O caderno brochurão capa dura grande e liso da marca Foroni apresentou diferença de 241,38%, indo de R$ 2,90 até R$ 9,90. O caderno cartografia capa dura sem seda da marca São Domingos foi encontrado com preço mínimo de R$ 4,95 até R$ 10,00 (disparidade de 102%). Na mesma categoria, o item com a menor variação foi o caderno cartografia capa dura sem seda da Tilibra, que apresentou variação de 13,93%, indo de R$ 6,89 a R$ 7,85.
Ainda conforme o levantamento, houve disparidade entre os preços das canetas. A esferográfica da marca Pilot foi de R$ 1,50 a R$ 8,50, variação de 466,67%. A caneta esferográfica da Cis foi de R$ 0,41 até R$ 1,95, e a da compactor foi de R$ 0,51 a R$ 1,80, variações de 375,61% e 252,94%, respectivamente. A menor variação (35,45%) foi no preço do marca-texto da Max Print, que custa entre R$ 1,10 e R$ 1,49.
Os dados apontam ainda a variação de 531,87% na lapiseira 0.7 da Cis, que é encontrada a R$ 1,32 em um comércio e a R$ 11,50 em outro. O lápis preto simples n° 2 Bic custa entre R$ 0,35 e R$ 1,50. A massa de modelar pote 150 g da Acrilex foi de R$ 4,89 a R$ 10. E o giz de cera gizão da Acrilex vai de R$ 3,35 a R$ 19,90.
COMPARAÇÃO ANUAL
O levantamento do órgão estadual também comparou os itens aferidos neste ano com os pesquisados em 2018. Entre os preços praticados em 194 itens no ano passado e os que estão em vigor em 2019, foi constatado aumento em 131 itens e decréscimo em 63 itens, sendo eles: minidicionário Michaelis, com decréscimo de 188,20%, e fita dupla face 12x30 m da marca Embalando, com acréscimo de 54,55% de um ano para outro.
Para esta comparação, os critérios são de que todas as características dos produtos avaliados sejam iguais de um ano para o outro. “De um modo geral, houve um grande número de produtos que tiveram aumento de preço de um ano para outro, então, o material escolar ficou mais caro. O que reforça a importância da pesquisa”, explicou o superintendente Marcelo Salomão.
Entre os itens que subiram em um ano, a cola escolar simples da Piratininga aumentou 43,03%, passando de R$ 1,87 para R$ 3,63 em média. O giz de cera gizão da marca Acrilex passou de R$ 4,61 para R$ 7,45 em um ano. O caderno quadriculado capa dura Tilibra subiu de R$ 9,38 para R$ 13,28. E a cola bastão Leo custava R$ 1,18 em 2018 e está R$ 1,63 neste ano.
As maiores quedas, no comparativo anual, foram encontradas no pincel chato n° 08 Condor, que custava R$ 5,14 no ano passado e caiu a R$ 2,17 este ano, variação negativa de 136,71%. A cola escolar simples Acrilex era encontrada a R$ 3,20 em 2018 e passou a R$ 2,33 neste ano. O corretivo líquido da marca Frama teve decréscimo de 34,78% (de R$ 2,10 foi para R$ 1,56).
SÚZAN BENITES
CORREIO DO ESTADO