Marquei programas com elas, diz garçom suspeito de estupros em série
Preso suspeito de estuprar cinco mulheres em Campo Grande no intervalo de dois meses, o garçom João Carlos Ribeiro da Costa, 34 anos, nega os crimes. Ele disse, nesta quarta-feira (28), na Casa da Mulher Brasileira, que o sexo com as vítimas foi de comum acordo e que teria sido combinado pela internet.
Marquei programas com elas. Conheci essas meninas na internet, elas são garotas de programa, tinham anúncio na internet, a gente conversou e combinou o programa. O que aconteceu foi que, chegou no dia, eu não paguei, foi o que aconteceu, afirmou.
Segundo a delegada Rosely Molina, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), a polícia não tem dúvidas de que houve estupro nos cinco casos e de que Costa é autor desses crimes. As delegadas Marília de Brito e Franciele Candotti também investigaram os casos e afirmaram que Costa é considerado suspeito de estupros em série, pela forma de agir e escolher as vítimas, que tinham entre 21 e 30 anos.
Em todos os casos, segundo a polícia, o homem usava uma motocicleta para chegar até a csa das vítimas e invadia os imóveis entre a noite e a madrugada, usando roupas pretas.
Ele sempre levava uma mochila e objetos como faca e corda para render e amarrar as mulheres antes de praticar os estupros. Em um dos casos, o homem conseguiu entrar em um condomínio no bairro Parati e rendeu a vítima, que estava com o filho pequeno em casa.
Em entrevista à imprensa, ele nega os fatos. Não foi nada forçado, não entrei forçado na casa de ninguém [...] Simplesmente a gente combinou no dia, elas passaram o horário que eu iria na casa delas, e foi isso que aconteceu [...] Se elas não assumiram o real fato do que aconteceu, fica difícil, justificou.
As delegadas afirmaram que, além dos depoimentos das vítimas, provas materiais foram usadas no inquérito para comprovar a autoria. Depois dos estupros, ele ainda roubava objetos das vítimas, prendia as mulheres no banheiro e fugia.
Costa foi preso em casa, no dia 2 de outubro, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão cumulado com mandado de prisão preventiva. Na casa dele, a polícia encontrou objetos pessoais das vítimas, como celulares, joias, roupas, documentos e até um DVD, além de papéis com anotações de nomes de mulheres e telefones de contato e as roupas pretas usadas nos crimes.
Fonte: G1 MS