Mãe de criança morta em acidente com bisavô na BR-262 tentou impedir viagem
Mãe teve pressentimento, mas deixou filha viajar porque era o xodó da avó
A mãe de Eduarda Esmeralda Penha, de 11 anos, teve um pressentimento e ainda tentou impedir a viagem que terminou com a morte da filha, na BR-262, em Campo Grande. Eduarda e seu bisavô, Valdemar Paulo da Penha, de 80 anos, morreram após um acidente com o carro conduzido pela avó dela e filha dele, na tarde de domingo (21).
Bisavô, avó e neta saíram de São Paulo e estavam a caminho de outro estado, mas o acidente na capital sul-mato-grossense impediu a chegada da família ao destino. A criança e o idoso faleceram no local, e a avó, de 47 anos, foi socorrida para um hospital de Campo Grande.
Ao Jornal Midiamax, uma amiga da família contou que a mãe de Eduarda não queria que a filha viajasse, mas deixou, porque a criança era bem cuidada e o xodó da avó. “A mãe dela não queria que ela fosse, porque era longe. Mas ela deixou, porque a avó pediu, e a avó cuidava muito bem dela, dava de tudo para ela [Eduarda], era o xodó”, falou.
Segundo o relato da amiga, a mãe de Eduarda ainda estava bem aflita no sábado (20), um dia antes do acidente, e passou mal, aparentando um pressentimento.
“Ela não queria que a menina fosse viajar, [estava] com medo. No sábado, a mãe dela passou muito mal, parecia que estava sentindo algo. No domingo, ela chegou no serviço 14 horas da tarde falando pra gente que a filha estava indo viajar para longe e ela não queria que a menina fosse, pois só estava deixando porque a avó cuidava muito bem dela”, relatou à reportagem.
Eduarda tinha 11 anos e, além dos pais, deixa um irmão de 7 anos. O caçula só não viajou com a irmã, avó e bisavô porque é mais novo que Eduarda, de acordo com a amiga da família. Inclusive, um dia antes do acidente, os irmãos estavam passeando com o pai em um shopping na região onde moram, em São Paulo.
Família pede ajuda para o translado de R$ 20 mil
A família de Eduarda está realizando uma vaquinha para custear o translado dela para São Paulo, que ficou em R$ 20 mil. Uma nota de pesar com o pedido de ajuda foi publicada nas redes sociais da escola onde a criança estudava.
Para a ajuda nos custos do translado, os familiares disponibilizaram duas chaves Pix, são elas: 428.737.048-10 (Gabriel da Penha Machado) e 381.536.858-80 (Aline Letícia).
O acidente
Informações passadas para o Midiamax são de que a família seguia em um Honda Fit quando, durante uma ultrapassagem malsucedida, os veículos bateram frontalmente. Com a batida, um dos carros foi parar no meio da vegetação, às margens da rodovia.
O outro motorista seguia em um HB20. Ele não teve ferimentos graves e foi encontrado desorientado pelos socorristas.
Ao ser socorrida, a mulher que conduzia o Honda Fit soube que a neta de 11 anos havia morrido no acidente. Conforme testemunhas, a motorista estava nervosa. “Falei um pouco com a motorista, tentei acalmar ela; ela estava nervosa porque estava sabendo que a neta estava morta”, relata.
Após a colisão, um médico que passava pelo local retirou a criança do carro para prestar os primeiro socorros. Entretanto, ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Malas, travesseiros e vários objetos ficaram espalhados pela vegetação e estrada.
Lívia Bezerra
MIDIAMAX
