Laudo chocante: legista aponta que Sophia morreu pela manhã e só foi levada ao posto à tarde
Segundo médico legista, não restaram dúvidas sobre abusos sofridos por Sophia
“Um laudo chocante”. Foi assim que o médico legista descreveu o exame feito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), na pequena Sophia OCampo, de 2 anos, morta em janeiro deste ano, em Campo Grande. O padrasto e a mãe estão presos suspeitos do crime.
O Midiamax teve acesso com exclusividade aos depoimentos do dia 26 de maio que foram prestados por testemunhas, e inclusive pelo médico legista, que durou cerca de 48 minutos. Durante o depoimento, ele afirmou não ter dúvidas sobre o que aconteceu com Sophia. Em seu depoimento, o médico é categórico ao falar que Sophia morreu ainda na manhã do dia 26 de janeiro, e o que aconteceu com Sophia não foi acidente.
A mãe de Sophia a levou ao posto de saúde por volta das 16 horas do dia 26 de janeiro, dizendo que a filha estava viva e que, durante o trajeto, a teria mordido na boca. Mas ao chegar à unidade de saúde, as médicas que atenderam a criança afirmaram que ela já estaria morta há pelo menos quatro horas.
O médico relatou que a autópsia no corpo de Sophia começou às 9h30 do dia 27 de janeiro e que a criança já estava morta há pelo menos 24 horas antes do exame, portanto, Sophia morreu na manhã do dia anterior.
Ainda segundo o depoimento do médico, o trauma raquimedular foi a causa da morte e no caso da Sophia, um trauma de grande energia para a condição física de uma criança de 2 anos e 7 meses. Mas, o médico diz que não foram encontradas costelas quebradas na criança. O médico ainda disse que Sophia agonizou até a morte.
Quando questionado sobre o trauma sofrido por Sophia, na medula, o médico explica o caso. “Não é uma simples queda que provocou o trauma, um simples acidente, foi usada uma força grande provocada por um adulto”, fala o médico.
Thatiana Melo
MIDIAMAX