Justiça atende a plano de saúde e desobriga tratamento de menino com doença rara
Justiça suspende tratamento pelo plano de saúde e mãe faz apelo por filho com doença rara
Iran Assunção Anderson Martins, de apenas oito anos, luta pela vida desde que nasceu no dia 27 de janeiro de 2013, com apenas 520 gramas. Por conta de uma eclampsia, Lene Assunção Anderson teve um parto prematuro e deu à luz ao filho com apenas cinco meses e três semanas de gestação.
O menino nasceu com 27 centímetros, paralisia cerebral, microcefalia, autismo grave e epilepsia e, apesar de muitos afirmarem que ele não se desenvolveria, o progresso devido aos tratamentos de saúde realizados nos últimos anos, incluindo 19 cirurgias, são visíveis.
Após uma campanha para arrecadação de dinheiro, em 2016 a família conseguiu levar Iran para passar por cirurgias de células tronco na Califórnia (EUA) e em Bangkok (Tailândia), que custaram em torno de R$ 200 mil, entre tratamento, hospedagem e alimentação.
Segundo a mãe, após a cirurgia, a criança voltou a enxergar, começou a movimentar o tronco, braços, saiu da cadeira de rodas e conseguiu andar, com auxílio. O próximo passo seria levar o menino novamente para fora do país para fazer uma cirurgia que auxiliaria no desenvolvimento da fala.
Entretanto, uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, do dia 22 de setembro, suspendeu a obrigatoriedade de o plano de saúde cobrir os custos das terapias por “não comprovação de urgência/emergência do caso”.
Com essa decisão, ele tem acesso a fisioterapia convencional, fonoaudiologia e terapia ocupacional, porém, precisa ficar em filas de devido a alta procura. Além disso, não é o tratamento específico para o caso.
O garoto perde o direito as terapias, como: Método Bobath, pediasuit e medeck com 4 intensivos ao ano e suas manutenções, Equoterapia e Hidroterapia.
O desespero de Lene é porque menos de um mês sem as terapias, Iran começou a regredir, perder movimentos, e não consegue mais andar, além do pulmão também ter regredido. “No meio da última etapa de cura completa, ele regride”, explica a mãe do menino, aos prantos.
Policial militar aposentada, a mulher afirma que recebe em torno de R$ 2,5 mil por mês, porém, os custos com a criança chegam a R$ 10 mil. Mensalmente são gastos 20 pacotes de fralda, 40 litros de leite de soja, oito vidros de anticonvulsivo e seis caixas de supositório.
Para entrar com recurso até o dia 24 de novembro, a família precisa da quantia de R$ 5 mil e para isso disponibilizou duas chaves de pix, sendo 96777591168 (Lene) e 03131429127 (Rozemary).
Além de entrar com o recurso para ter acesso ao plano de saúde, a mãe pretende usar o valor arrecado para custear a nova cirurgia do filho para desenvolver a fala.
Atualmente, para custear os tratamentos e para manter o filho, Lene e a irmã Rozimary Dantas, vendem rifas, chaveiros, além de pedir doações no comércio local.
Por Jessica Beatriz
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