Jovem confessa morte de amiga de infância por ciúmes na capital de MS

18/02/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Gabriela Antunes Santos, 20 anos, confessou em depoimento à Polícia Civil que matou por ciúmes a amiga de infância Jeniffer Nayara Guilhermete de Morais, de 22 anos. A vítima era manicure e foi encontrada morta com marca de tiro em uma cachoeira de Campo Grande no dia 16 de janeiro.

A suspeita ficou foragida por um mês e se apresentou na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande na segunda-feira (15). No período em que ficou escondida, Gabriela mudou o visual. De loira na época do crime, ficou morena e com cabelos mais curtos.

Ciúmes

Segundo o delegado Alexandre Evangelista, titular da 2ª DP, em depoimento Gabriela disse que desconfiava que a vítima mantinha relacionamento amoroso com o marido dela.

A partir da apresentação, o motivo foi esclarecido pela Gabriela, que contou que, em contato com uma amiga [ouvida pela polícia como testemunha] ficou sabendo que a vítima e outra amiga tinham ido a um motel com o marido dela [Gabriela] e outro homem. Isso teria sido há 6 anos, mas a Gabriela desconfiava que pudesse ser recente e disse que queria dar um susto na Jeniffer, explicou Evangelista.

Gabriela e Jeniffer cresceram juntas e, na adolescência, costumavam dormir uma na casa da outra, segundo o delegado. No dia do crime, a suspeita e outras duas garotas buscaram Jeniffer em um carro e a levaram para a região conhecida como Inferninho.

No caminho, segundo depoimento da suspeita, Jeniffer teria confessado relacionamento com o marido de Gabriela e teria debochado da situação, chamando a suspeita de corna.

Gabriela disse que esperava que a vítima se redimisse, mas a vítima reafirmou que a autora era corna e também teria falado que a mãe da autora também tinha sido traída pelo companheiro, informou o delegado.

Fratura na coluna

Chegando no local, Gabriela disse à polícia que Emilly Karoliny Leite, de 19 anos, e uma adolescente de 16 anos, desceram do carro e presenciaram quando Jeniffer foi atingida por um tiro no rosto.

Ela [Gabriela] diz que a vítima caiu no precipício e que jogou a arma na cachoeira, afirmou a autoridade policial. Laudo necroscópico aponta que a causa da morte de Jeniffer foi fratura na coluna cervical.

Indiciamento

Emilly está presa desde o início das investigações e disse para a polícia que não imaginava que Gabriela seria capaz de matar a manicure e que estava armada na ocasião.

O inquérito policial foi relatado ao judiciário no dia 12 de fevereiro, segundo Evangelista. Gabriela foi indiciada pelos crimes de homicídio doloso qualificado por motivo torpe e emboscada que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, corrupção de menores e porte ilegal de arma de fogo. Ela permanece presa por mandado de prisão temporária, mas a polícia já pediu a conversão para preventiva.

G1 MS