Jornalista é acusado de usar diploma falso para ocupar cargo público
O jornalista Patrese Marengo Rios virou alvo de uma ação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul acusado de usar diploma falso de ensino médio para ocupar um cargo na Fundação de Cultura, Esporte e Lazer de Rio Brilhante, cidade a 160 km de Campo Grande.
Na ação por improbidade administrativa, a promotora Rosalina Cruz Cavagnolli pede a indisponibilidade dos bens de Patrese para garantir o pagamento da multa em caso de condenação e deu valor de R$ 102 mil ao processo.
De 2013 a 2016, na gestão do ex-prefeito Sidney Foroni (MDB), Patrese Rios exerceu cargo o cargo de assessor técnico da Funcerb, que exigia a conclusão do ensino médio.
Para cumprir a exigência, conforme a promotora, Patrese se utilizou “dolosamente” de documento falsificado para burlar a exigência legal de escolaridade, “violando os princípios da administração pública, constituindo ato de improbidade administrativa e atentado contra o princípio da legalidade”.
A ação por improbidade foi protocolada em fevereiro após o inquérito civil. O caso também é investigado pela Polícia Civil.
“Boa fé” – Na defesa apresentada ao MP, Patrese Rios sustentou inexistência de ato de improbidade administrativa e diz que agiu de boa fé.
Alegou que na época dos fatos (2009), aos 17 anos de idade e com o ensino fundamental completo, decidiu buscar na internet um curso de ensino médio on line, para cursar à distância. Patrese alega que entrou em contato com a instituição, que lhe forneceu um endereço de MSN (Messenger) para as aulas e provas.
Ele disse que pagou R$ 1.500,00 a uma pessoa identificada como Marcio Pereira da Silva em seis parcelas de R$ 250,00, mas apresentou apenas um comprovante de pagamento. Alegou não ter guardado os demais comprovantes.
Diploma em casa – “O requerido alegou ter recebido, posteriormente, o certificado de conclusão em sua residência, após sua aprovação, tendo utilizado o mesmo, inclusive, para fins de matrícula em instituição de ensino superior em Dourados e para comprovação dos requisitos necessários à nomeação no cargo público, sendo que em nenhum dos âmbitos foi suscitado qualquer tipo de problema”, diz trecho da ação do MP.
Por Helio de Freitas, de Dourados
Foto: Reprodução
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