Intenção de consumo de famílias de Campo Grande permanece negativa
A intenção de consumo das famílias de Campo Grande em julho é de 65,4 pontos, praticamente o mesmo patamar registrado em junho, 65,3 pontos, mas ainda continua na chamada “zona negativa”, pois está abaixo dos 100 pontos. Os dados são de pesquisa divulgada nesta quinta-feira (14), pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento foi feito com 500 famílias da cidade nos últimos dez dias do mês passado.
Segundo a pesquisa, quase um terço dos entrevistados, 32,4%, disse que se sente menos seguro em relação ao seu emprego em relação ao mesmo período do ano passado. Outros 28% relataram que o panorama permanece o mesmo e 25,2%, que estão mais tranquilos em relação a sua situação no trabalho.
O pessimismo quanto ao mercado de trabalho também é retratado na análise que as pessoas que responderam a pesquisa fazem de seu futuro profissional. A maioria, 42,2%, disse que a perspectiva é negativa, 40,3% que é positiva e 17,5% não sabem.
Em relação a situação da renda familiar, o levantamento indicou que 47,9% disseram que está na mesma situação do ano passado, 36,3% que o panorama piorou e 15,6% que melhorou. Esse quadro de estagnação e pessimismo é reforçado pela afirmação da maior parte dos entrevistados, 67,2%, que o consumo diminuiu. Apenas 23,3% informaram que estão comprando no mesmo patamar do ano passado e 8,7% que aumentaram o volume de aquisições.
A pesquisa projetou ainda como deve ser o segundo semestre para as famílias campo-grandenses. Das pessoas que responderam o questionário, 61,2% afirmaram que a perspectiva de consumo será menor que no segundo semestre do ano passado, 26,4% que será igual e 10,1% que será maior.
O levantamento ainda sondou como deve seguir o mercado de bens duráveis, como eletrodomésticos, TV e aparelho de som, entre outros, nos próximos meses. Para 76,9% dos entrevistados é um mau momento para a aquisição destes produtos. Para outros 11,3% é uma boa oportunidade e 11,5% não sabem.
“O que percebemos é que as famílias permanecem contidas especialmente diante da sensação de insegurança quanto ao emprego”, explica o presidente do Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS (IPF-MS), Edison Araújo.
G1 MS