Inflação cai em Campo Grande, mas em 12 meses chega a 9,47%

04/09/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) fechou o mês de agosto em 0,31%, abaixo dos 0,51% de julho, mas no acumulado de 2015 já chegou a 7,57% e dos últimos 12 meses a  9,47%, muito acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 6,5%. O IPC/CG é um indicadores que mensura a inflação na cidade. É medido pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes) da universidade Uniderp/Anhanguera.

Em agosto, segundo o Nepes, o grupo Habitação foi o que mais contribuiu para a alta da inflação na capital com 0,38%. Também foi registrado aumento nos preços do grupo Saúde, 0,76%, Despesas Pessoais, 0,64%, Vestuário, 0,46% e Transportes, 0,32%. Já o grupo Alimentação teve queda de 0,18%.

O coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza, alertou que a inflação acumulada nos últimos 12 meses pode neste segundo semestre do ano atingir os dois dígitos, ou seja, se tornar maior que 10%, o que representaria um impacto negativo na vida das famílias da cidade.

“Certamente, as medidas heterodoxas até agora adotadas pelo atual governo, com crédito fácil a juros baratos subsidiados pelo governo para incentivar o consumo fez com que o endividamento crescesse muito. É hora do retorno à ortodoxia, mantendo os juros mais elevados, reduzindo o papel dos bancos oficiais, diminuindo a quantidade de créditos por eles ofertadas, fazendo diminuir o consumo. Com isso, a inflação deve ceder”, acredita.

Os dez mais e os dez menos

De acordo com o Nepes, os responsáveis pelas maiores contribuições para a inflação do mês de agosto foram: sabão em pó (0,08%), tênis(0,07%), gasolina (0,07%), acém (0,06%), bebidas alcoólicas (0,04%), papelaria (0,03%), pão francês (0,03%), sabonete (0,03%), aluguel de apartamento (0,02%) e esponja de aço (0,02%).

Já os dez itens que mais ajudaram a segurar a inflação nesse período com contribuições negativas  foram: batata (-0,09%), impressora (-0,08%), pescado fresco(-0,04%), arroz (-0,03%), óleo de soja (-0,03%), laranja (-0,03%), papel higiênico (-0,02%), tomate (-0,02%), alface (-0,02%) e linguiça (-0,02%).

Fonte: G1