Hora de estacionamento na região central deve subir para R$ 2,78

05/02/2020 16h14 - Atualizado há 4 anos

Decisão da agência reguladora só depende de validação do prefeito Marcos Trad

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Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado

O Conselho Municipal de Regulação aprovou reajuste de 15,83% no valor cobrado por hora nos parquímetros de Campo Grande. Helion Porto, sócio-diretor da FlexPark, disse ao Correio do Estado que a mudança eleva a tarifa de R$ 2,40 para R$ 2,78. Para começar a valer, contudo, é necessário o aval do prefeito Marcos Trad (PSD).

Conforme o gestor da concessionária do serviço de estacionamento rotativo, o aumento corresponde à aplicação da inflação no último ano pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM). No entanto, a empresa ainda aguarda o desfecho de uma batalha judicial que pode elevar o preço do serviço para acima de R$ 3.

“O contrato foi assinado em 2002. Desde aquele ano, tivemos uns três ou quatro reajustes, quando o contrato prevê correção anual”, disse Helion à equipe de reportagem.

No dia 14 de outubro de 2019, reportagem do Correio do Estado mostrou que decisão do juiz Marcelo Andrade Campo da Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, determinou que a prefeitura fizesse a correção no valor da tarifa desde 2002 e ainda indenizasse a FlexPark por perdas e danos pela ausência da correção anual.

Conforme o índice aplicado pelo magistrado, o valor da hora do estacionamento deveria passar de R$ 2,40 para R$ 3,33. Contudo, o município recorreu e a ação tramita agora em segunda instância no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

“É claro que nós temos uma pretensão que é bem maior do que os R$ 2,78. Contudo, qualquer reajuste ajuda, já que está sendo um dificultador para a empresa operar com a tarifa defasada”, disse Hélion.

Hoje a FlexPark administra 2.092 vagas espalhadas pelo Centro de Campo Grande, exceto na Rua 14 de Julho, que depois de reformada perdeu os parquímetros. A cobrança do estacionamento rotativo nessa via ainda é motivo de discussão, já que o município adotou conceito de arquitetura limpa e chegou a pedir que a concessionária instalasse sensores que identificassem a presença dos veículos.

Atualmente, além dos chaveiros é possível utilizar um aplicativo que disponibiliza até a recarga de créditos online.

RICARDO CAMPOS JR.

CORREIO DO ESTADO