Grupo premeditou crime e matou Emílio enforcado antes de atear fogo e enterrá-lo em quintal

11/02/2025 16h02 - Atualizado há 2 mêses

Inicialmente, suspeitos tentaram colocar a culpa em adolescente, mas depois confessaram toda a dinâmica do assassinato

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Cova onde Emílio foi enterrado. (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

O grupo preso pelo assassinato de Emílio Vilalba, na Mata do Jacinto, em Campo Grande, premeditou o crime. Eles foram presos nesta terça-feira (11) após a descoberta do corpo na casa da vítima.

Os presos são três pessoas de 20, 23 e 29 anos, e um adolescente de 16 anos que foi apreendido. Durante interrogatório na 3ª Delegacia de Polícia Civil, inicialmente, os suspeitos tentaram colocar toda a culpa no adolescente.

Porém, depois o menor teria se arrependido e decidiu revelar toda a dinâmica dos fatos, assim como os três suspeitos, segundo explicou o delegado Reges de Almeida durante coletiva de imprensa.

Na delegacia, um dos suspeitos contou que Emílio teria atentado contra a vida dele em maio do ano passado. Com isso, ele e os comparsas planejaram o assassinato da vítima.

O grupo se reuniu para decidir como seria o crime e na madrugada de segunda-feira (10) foram até a casa de Emílio. Ao chegar no imóvel, os suspeitos enforcaram a vítima até a morte, depois a colocaram em um colchão coberto com um lençol.

Em seguida, os suspeitos levaram Emílio para o quintal da casa, onde atearam fogo. Contudo, começou a exalar um forte odor no ambiente e o grupo decidiu enterrar Emílio, cobrindo seu corpo com folhas e plásticos que haviam no terreno.

Ainda conforme o delegado Reges, o grupo citou o nome de outra pessoa que teria participado do assassinato, mas a informação será investigada.

Por fim, o delegado revelou que na casa onde ocorreu o crime, 19 ‘paradinhas’ de crack foram apreendidas. Emílio era usuário de drogas e o imóvel frequentado por outros usuários.

Desavença

No início da tarde desta terça-feira (11), o Jornal Midiamax já havia noticiado que uma desavença teria motivado o assassinato. Segundo o boletim de ocorrência que a reportagem teve acesso, um homem de 48 anos acionou a polícia após a companheira de Emílio o procurar.

Na ocasião, ela disse que seu companheiro havia sido morto e que o corpo estaria na casa. Com isso, o homem foi até o imóvel e encontrou Emílio soterrado sob folhagens e terra.

Logo que a PM (Polícia Militar) chegou ao local, equipe encontrou o corpo em estado de decomposição. Assim, a Polícia Civil também foi ao imóvel.

Em seguida, os policiais entraram na casa para apurar os fatos, quando encontraram uma mulher, de 41 anos, e o esposo, de 23, em um dos cômodos.

Questionados, apenas a mulher disse que o crime teria ocorrido durante a madrugada, entre domingo (9) e segunda-feira (10). Afirmou também que os autores teriam uma desavença contra a vítima.

Ainda, a mulher disse que um dos autores batia no peito e dizia em alto e bom tom “que a bronca era dele”, afirmando que ele seria o autor do crime, conforme o registro policial.

Descoberta do corpo

Informações preliminares passadas ao Jornal Midiamax são de que os criminosos queimaram e depois enterraram. Eles enterraram a vítima nos fundos da casa, que, segundo informações da polícia, seria um ponto de drogas.

Conforme informações, três homens teriam ido até a casa, que teria grande fluxo de usuários de drogas, e assassinado Emílio.

Layane Costa, Lívia Bezerra

MIDIAMAX