Gerindo MS como empresa, governo cumpre 71% do previsto em 2016
Desde o ano passado o governo de Mato Grosso do Sul adotou o mesmo modelo de gestão utilizado na iniciativa privada. Estabelece ações, com investimento e prazo para serem implementadas. Um documento formaliza esse planejamento e o titular de cada órgão e entidade é cobrado quanto a sua execução. Em 2016, das 204 iniciativas previstas, 145 foram realizadas, o que representa 71,08%, percentual superior ao registrado em 2015, que foi de 65%.
O balanço do planejamento estratégico foi apresentado na manhã desta quarta-feira (28), pelo secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel. Segundo ele, das ações previstas para este ano, 51 estão em andamento e 8 foram reprogramadas ou canceladas por falta de recursos financeiros.
Riedel considerou o percentual de ações executadas muito bom, ainda mais diante do quadro de grave crise financeira do país. “São resultados difíceis de se conseguir até para empresas privadas”, ressaltou.
Entre as ações que foram reprogramadas o secretário cita dois casos emblemáticos, o Aquário do Pantanal, em Campo Grande, que demanda mais R$ 50 milhões para sua conclusão, e que teve as obras paralisadas no segundo semestre deste ano e a construção de uma Central de Abastecimento de Alimentos (Ceasa), em Dourados.
“No caso da Ceasa de Dourados a ação não foi cancelada, foi reprogramada. O terreno para a construção já foi inclusive doado pelo município. Quanto ao Aquário do Pantanal estamos buscando uma parceria para a sua conclusão”, explicou o secretário.
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Como funciona o planejamento
Riedel explicou que cada ação está vinculada a um eixo no planejamento estratégico do governo. Em 2016, no eixo social, por exemplo, estavam previstas a execução de 96 projetos nas áreas de saúde, educação e segurança. Já no eixo gestão, 47 iniciativas; no econômico e ambiental outras 45 e no de infraestrutura, 16.
No eixo da gestão, o secretário cita como um dos principais projetos realizados este ano o recadastramento dos servidores ativos e inativos do estado, que foi iniciado em abril e concluído em julho.
“Foram recadastrados 59.096 pessoas, o que representa 99,04% do total. Um grupo de 287 servidores que não fizeram o recadastramento tiveram o pagamento bloqueado e terão até março de 2017 para regularizarem a situação. A previsão de economia para o estado é de uma economia mensal no próximo ano de R$ 689,9 mil, somente os salários destes funcionários que não regularizaram sua situação”, comenta.
Na área de infraestrutura, citou as ordens de serviço para a construção de 42 pontos, a conclusão da licitação de outras 13, a elaboração de licitações de mais 6 e a conclusão de 4 estruturas. No eixo econômico-ambiental, o secretário destacou como ações realizadas este ano a ampliação do teto do Simples no estado de R$ 2,5 milhões para R$ 3,6 milhões e a remodelação do Programa Novilho Precoce, que deve estar em vigor em fevereiro de 2017.
Por fim, no eixo social do planejamento, ressaltou, entre outras ações, o investimento que está sendo feito na área de saúde, para a conclusão do Hospital do Trauma, em Campo Grande. O empreendimento já está com 65% das obras concluídas e deve estar concluído em junho do próximo ano, disponibilizando a população 128 leitos, sendo 100 de enfermaria, 18 de observação e 10 de Terapia Intensiva (UTIs), além de 5 salas de cirurgia e 3 de isolamento.
G1 MS