Fim de ano se transforma em momento de ação solidária

24/12/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

O fim de ano é um período de várias modificações. Em alguns casos, a rotina de alguns se difere totalmente dos outros períodos do ano. Para certas pessoas é época de reforçar o orçamento por meio atividades profissionais distantes das habituais; por outro lado,  também aparecem exemplos de solidariedade e de amor ao próximo. Há casos, no entanto, que  aparecem a união das duas situações.

Esse é o caso do comerciante Roberto Ribeiro de Oliveira, 62 anos, que há nove anos, nos primeiros dias de dezembro, tira a fantasia de  Papai Noel do armário e interpreta um dos personagens símbolos do período.

“Nunca imaginei que eu seria o bom velhinho. O prazer de estar junto com a criançada é muito gostoso, é uma coisa fora do sério”, diz.

Ele conta que tudo começou em 2006, quando  viu a pessoa fantasiada de Papai Noel e pensou :“ sou mais Noel que ele, pois tenho barba e cabelo verdadeiro”.  Na sequência,  o  convidaram  para trabalhar como Papai Noel.  De início,  pensou em várias questões, mas acabou aceitando o desafio.

O comerciante diz que ações desse tipo trazem recompensas, muito além da questão financeira. “ Várias crianças já chegaram em mim e não pediram brinquedos, mas sim, amor, paz, e até mesmo que eu trouxesse o pai de volta. São momentos como esse que me faz refletir. Quando me fazem um pedido desse tipo, eu aconselho para que façam uma oração a Deus, que ele irá atender”, afirmou.

AMOR

Assim como o Papai Noel, que transmite alegria as crianças e até aos adultos, outras pessoas também buscam transmitir o mesmo sentimento de uma maneira totalmente diferente, que, além do brinquedo, doam amor e carinho às crianças. Esse é o caso de duas amigas – Vania Rufino e Zenilda Freitas.

A primeira  conta que sempre teve vontade de fazer ações solidárias, e comentando com sua amiga descobriu nela o mesmo desejo.  Os brinquedos já estão comprados e o local da entrega será na região da  Mata do Jacinto. “ Sempre gostei de  dar presente às pessoas, até mesmo sem uma data comemorativa. Isso espalha carinho”,diz.

Ainda de acordo com Vania, esse será o primeiro de muitos outros natais solidários.

“O próximo ano será uma coisa mais elaborada e sem pressa. Espero que as crianças fiquem felizes, é sempre bom fazer o bem, mesmo com a correria, dedicamos um tempo a quem realmente precisa”, relata.

Zenilda complementa dizendo que isso será uma mistura de amor e generosidade. “ Nós ,da classe baixa, também podemos tomar iniciativas de ajudar o próximo, não podemos esperar que só as pessoas ricas façam isso. Fazer uma criança feliz, soma amor e solidariedade em nós”, complementa.

Ao contrário de Vania e Zenilda, o cantor Vinicius Barreto, 24 anos, tenta propor um natal feliz  às pessoas em situação de rua. Ele conta que em 2011 estava voltando de um natal em família e viu um homem catando papelão na rua, na chuva. “ Quando vi, não pensei duas vezes, parei o carro e dei um dinheiro que eu tinha ganho para esse rapaz, ele chorou”, lembra.

Ainda de acordo com Vinicius, a sensação de ver a pessoa  contente com essa ação, fez com que continuasse praticando todos os natais, pois é quando ganha um pouco   mais. “ Ninguém tem ideia do que é passar necessidade. Acho que é uma forma de confortar o próximo, não só pelo dinheiro, mas também pelo gesto. Boas ações faz com que possamos aprender muito e dar valor ao que temos”, destaca.

RECHEIO

A confeiteira Daniella Rodrigues trabalha dobrado no fim de ano para conseguir atender a todos os clientes. “ Apesar de trabalhar muito, é uma satisfação saber que o meu produto está sendo bem aceito. Se está aumentando a demanda, é sinal que eles gostaram”.

Ela conta que final de ano  busca sempre melhorar o recheio e a decoração dos  bolos. “ A ocasião pede um bolo mais trabalhado. Me dedicar ao Natal algumas horas a mais, além de dobrar a renda, me proporciona uma sensação diferente, é uma sensação de dever cumprido por estar contribuindo com a ceia de Natal dos meus clientes”, finaliza.

Correio do Estado