Família de idoso morto e esquartejado pede R$ 372 mil de indenização a salgadeira acusada do crime
Salgadeira deu veneno para Antônio e esperou 8 horas pela sua morte
A família de Antônio Ricardo Cantarin, de 64 anos, morto envenenado e esquartejado pela esposa, em Selvíria, a 399 quilômetros de Campo Grande, pediu por uma indenização a Aparecida Graciano de Souza, acusada do crime. Ela está presa na penitenciária feminina de Três Lagoas desde a época do assassinato, em maio de 2023.
Segundo a família, Aparecida tentava há pelo menos 1 ano antes do crime passar para seu nome os bens que Antônio tinha antes do casamento com a salgadeira. O que, para a família, indica que o crime deveria estar sendo planejado há tempos.
De acordo com o advogado da família, testemunhas teriam presenciado os maus-tratos a Antônio. “As testemunhas arroladas pela denúncia foram unânimes em afirmar terem visto e acompanhado os maus-tratos qual a ré submetia a vítima constantemente, bem como sua frieza após ter matado seu marido, esquartejado e mantido partes do corpo por dias no freezer na casa onde viviam”. O pedido de indenização foi feito no fim de janeiro deste ano e ainda não teve devolutiva.
Esperou por 8 horas para idoso morrer
Quando presa na época do crime, a idosa disse em depoimento ter dado veneno de rato para o marido por volta das 10 horas da manhã do dia 22 deste mês, sendo que Antônio morreu por volta das 18 horas.
O idoso passou mal na cama do quarto por um período de pelo menos 8 horas. Em depoimento, a salgadeira disse que depois de dar o veneno para o marido, ia de 10 em 10 minutos ao quarto para ver se Antônio tinha morrido.
Após perceber que o marido estava morto, já que ele ficou com olhos vitrificados, ela colocou um lençol em cima do corpo e foi dormir em outro quarto da casa. Só no dia seguinte, preocupada com o que iria fazer com o corpo de Antônio, ela resolveu esquartejar a vítima.
Experiência em matar porcos
O tronco de Antônio foi colocado dentro de uma mala, e a salgadeira deu em depoimento detalhes macabros de que foi difícil ‘acomodar’ o tronco do marido dentro da mala, devido ao tamanho e aos ossos do pescoço. A autora teria conhecimento de como desmembrar um corpo, já que segundo ela tinha experiência em matar porcos.
Depois, ela desmembrou as pernas, os braços e a cabeça, que foram colocados dentro de sacos pretos e acondicionados dentro de um freezer, na sua casa. Com medo que começassem a dar falta de Antônio e o corpo começasse a cheirar mal, ela resolveu se livrar das partes.
Como a mala onde estava o tronco era pesada e a mulher não conseguia carregar sozinha, ela pediu ajuda a dois vizinhos para colocar a mala no carro. Eles ainda teriam questionado o peso e o mau cheiro, mas ela deu a desculpa de que na mala havia retalhos de pano e por ter colocado veneno de rato na casa, poderia haver bicho morto nos retalhos.
Ela foi até a estrada no sentido a Três Lagoas e jogou a mala na beira da rodovia, voltando para casa em seguida.
No outro dia, a mulher não conseguiu se desfazer do restante do corpo, pois o carro havia apresentado problema. Então, ela conseguiu deixar as outras partes também na saída para Três Lagoas.
Ela chegou a dizer para os vizinhos que parentes do marido haviam levado ele para tratamento em São José do Rio Preto, em São Paulo, depois de questionarem o sumiço de Antônio.
Thatiana Melo