Evolução da pandemia vai determinar quantas pessoas serão permitidas em reuniões eleitorais
As tradicionais reuniões eleitorais, um dos meios mais usados pelos candidatos para angariação de votos, ainda tem um futuro incerto em 2020.
De acordo com o membro do Tribunal Regional Eleitoral, Daniel Castro Gomes da Costa, a evolução da pandemia no Estado vai determinar na autorização, ou não, das campanhas presenciais.
“Vai ser verificado caso a caso se há, ou não, algum risco à biossegurança a realização das reuniões e qual seria o quantitativo”, apontou.
As novas condições de sociabilidade causadas pela pandemia despertaram a criatividade dos candidatos.
As convenções partidárias - reuniões realizadas por partidos políticos, em que filiados e filiadas com direito a voto escolhem os candidatos que disputarão o pleito – foram autorizadas pela Justiça Eleitoral a serem feitas de modo virtual.
Assim como a digitação da ata, registro lista de presença, cadastro dos candidatos e encaminhamento dos documentos para Justiça Eleitoral.
Formato drive-in, reuniões pelo Google Meet e Zoom, lives pelo Facebook e YouTube, e até caminhada ao ar livre foram usados nas convenções de Campo Grande.
Os 15 concorrentes à prefeitura da Capital deverão continuar explorando os recursos midiáticos para popularizar suas propostas, já que há pouco mais de 30 dias para o pleito, a taxa de contaminação do vírus ainda não abaixou na cidade.
Mas os eleitores devem redobrar as atenções para este formato, que pode propiciar o aumento das fake news, muito usadas nas campanhas presidenciais do Brasil em 2018, e dos Estados Unidos, em 2016.
“A Justiça Eleitoral tem feito um forte trabalho de combate a desinformação nas últimas eleições, com conscientização dos eleitores e candidatos. Se chegar à Justiça Eleitoral algum descumprimento das leis contra as notícias falsas, atitudes serão providenciadas”, ressaltou Costa.
Gabrielle Tavares
CORREIO DO ESTADO