Erros em mais de 50% das prefeituras de MS podem mandar prefeitos para cadeia

28/11/2016 00h00 - Atualizado há 5 anos
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Divulgação

“Mais de 50% das prefeituras falharam e devem pagar pelos seus erros”, afirmou o presidente do TCE-MS (Tribunal de Contas Estadual de Mato Grosso do Sul) Waldir Neves durante o encontro “E agora, prefeito (a)?”, realizado nesta segunda-feira (28) com os eleitos que tomarão posse dos mandatos em janeiro de 2017.

A conta feita pelo presidente inclui as duas últimas gestões dos 79 municípios do Estado, com contas ainda em análise pelo Tribunal. As punições para os erros vão de impugnação, improbidade administrativa e até mesmo prisões, segundo Neves.

“Não foi por falta de avisar e orientar. Muitos acham que não vai acabar em nada. Essa sensação de impunidade acabou, o país não aceita mais isso e nós como cidadãos também não podemos aceitar”.

Waldir Neves ainda discursou aos repórteres sobre a diferenciação que é feita entre servidor público e trabalhador de empresa privada. “Não é mais possível ter dois países: um dos servidores públicos e outro dos cidadãos. Existem diferenças nos direitos, na aposentadoria e tudo o mais. Isso gera déficit para os estados e precisamos acabar com isso”, argumentou.

Segundo o presidente, esta é a primeira vez no Brasil que um encontro antes mesmo da posse dos prefeitos é feito com o Tribunal de Contas. “Geralmente isso é feito no fim do mandato, mas para evitar esses problemas de erros nas contas que estamos nos reunindo hoje. É uma orientação necessária para os gestores, para dizer o que pode e o que não pode. Depois não poderão dizer que não foram orientados”, avisou. 

Evelin Araujo e Mariana Anjos

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