Em plena luz do dia, açougueiro é executado a caminho do trabalho

07/11/2019 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Açougueiro Gyllyan Castilho Ramos, 33 anos, foi executado com vários tiros de pistola em plena luz do dia, na tarde de hoje, na rua Rosa Abussafi dos Santos, no Portal Caiobá, em Campo Grande. Vítima tem aproximadamente 18 perfurações de pistola 9 milímetros.

Caso aconteceu quando a vítima seguia para o trabalho, em um mercado localizado no bairro. Ele estava a pé, quando duas pessoas se aproximaram em uma motocicleta, efetuaram dezenas de disparos e fugiram em seguida.

Condenado por roubo majorado pelo emprego de arma, Gyllyan saiu há um ano do regime semiaberto, onde cumpriu pena no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira. Ele também tinha passagens por tráfico.

Pedreiro que trabalha em obra próximo ao local disse ao Correio do Estado que ouviu os tiros e a esposa da vítima gritando. Quando saiu para ver o que houve, os motoqueiros já não estavam mais no local.

Delegado plantonista da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga, Giuliano Carvalho Biaccio, o caso trata-se de uma execução e foram colhidas no local duas possíveis motivações para o crime.

“São duas versões, a primeira é que a execução estaria ligada a briga de facção e a outra que seria um desentendimento anterior da época em que ele estava preso”, disse o delegado.

Ainda conforme Biaccio, perícia feita no local constatou 18 perfurações por arma de fogo, mas apenas laudo vai apontar quantos tiros atingiram o açougueiro, tendo em vista que alguns podem ser de entrada e saída do projétil.

Foram recolhidas 19 cápsulas deflagradas e e três projéteis, todos de pistola 9 mm. Nenhuma testemunha conseguiu pegar a placa da moto dos pistoleiros e a dupla segue não identificada.

Mãe da vítima, que é moradora do bairro, estava bastante abalado com o crime e se limitou a dizer “Mataram o meu filho”. Ela não soube apontar suspeitos e preferiu não dar maiores declarações para não comprometer as investigações.

Pessoas que moram em casas na frente do local onde a vítima foi executada também e testemunharam o crime também preferiram não se manifestar, com medo de represálias. Pedreiro, que preferiu não ser identificado, disse que o bairro não costuma ser perigoso, mas tem episódios de violência. 

Por GLAUCEA VACCARI

 Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

CORREIO DO ESTADO