EM INVESTIGAÇÃO: Mato Grosso do Sul pode ter mais 10 casos de sarampo além de bebê
Secretaria Estadual de Saúde (SES) está investigando 11 casos com suspeita de sarampo em Mato Grosso do Sul, dentre eles, o caso de um bebê de 10 meses, na Capital do Estado. Conforme informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES), desde o começo do ano, 26 casos eram investigados, sendo que até este mês de agosto, 15 já foram descartados como suspeita da doença, que tem alertado todo o território brasileiro.
Entre os 11 que ainda restam ser confirmados, está a da menina de 10 meses que viajou para São Paulo (SP), estado responsável pelo maior número de casos no Brasil após a erradicação, com mais de 1,7 mil casos de sarampo confirmados. De acordo com gerente de imunização da Sesau, Veruska Lahdo, a mãe da menina viajou com ela para São Paulo e, já de volta à Capital, a criança começou a apresentar sintomas, sendo levada para o Hospital Infantil São Lucas.
Por conta da suspeita de sarampo, foi feito o bloqueio vacinal na unidade, ou seja, pessoas que tiveram contato com a menina foram imunizadas. O mesmo caso ocorreu quando 90 pessoas foram vacinadas depois de ter contato um médico, que veio de São Paulo visitar a família, e também apresentou suspeita da doença.
“O bebê fez uma viagem com a família para São Paulo e voltou passando mal. Ele foi atendido por médicos e já está em casa. Então, fizemos o bloqueio vacinal e estamos investigando”, explicou a superintendente, sem revelar outros detalhes.
Em Mato Grosso do Sul, nenhum caso foi confirmado, mas com incidência da doença explodindo em três dos cinco estados vizinhos (São Paulo, Paraná e Goiás), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) ampliou as ações de prevenção.
Na semana passada, o Ministério da Saúde expandiu a vacinação contra a doença, recomendando que todas as crianças de seis meses a menores de 1 ano sejam imunizadas. Antes, apenas crianças com mais de 12 meses tomavam a vacina, como foi o caso da bebê que viajou para SP não estando imunizada.
O objetivo é intensificar a imunização desse público-alvo, que é mais suscetível a casos graves da doença e óbitos. A pasta também orientou estados e municípios a realizarem o bloqueio vacinal, em caso de surto ativo.
Por FÁBIO ORUÊ
Foto: Bruno Henrique/ Arquivo/ Correio do Estado
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