Detentos costuram máscaras para lar de idosos

11/05/2020 08h17 - Atualizado há 4 anos

Mais de 1,2 mil máscaras produzidas por detentos já foram doadas a instituições sociais

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Divulgação/Agepen

Naiane Mesquita

Detentos dos presídios de Mato Grosso do Sul confeccionaram, até o momento, mais de 1,2 mil máscaras para doação a instituições sociais. Homens e mulheres que estão cumprindo pena no Estado tiveram a oportunidade de auxiliar no combate a disseminação do vírus produzindo o material de proteção em tecido e TNT. Além das máscaras, no local também foram produzidos uniformes como capotes, gorros, propés, calças privativos e aventais, que foram doadas ao Hospital Regional e a Secretaria Estadual de Saúde.

A iniciativa foi possível devido à parceria Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) com órgãos públicos e empresas parcerias, que doaram insumos. Estão em funcionamento, 21 polos de produção em unidades penais da capital e do interior, possibilitando o atendimento a prefeituras de diferentes municípios, Secretaria Estadual de Saúde, secretarias municipais de saúde, hospitais públicos e privados, órgãos públicos e a própria demanda do sistema penitenciário estadual.

A Sirpha (Sociedade de Integração e Reabilitação da Pessoa Humana) – Lar do Idoso, no bairro Nova Lima, foi uma das instituições contempladas. Ao todo, foram entregues 200 máscaras para auxiliar os profissionais do local durante o atendimento oferecido aos 84 idosos. Segundo a assistente social do asilo, Suzana Saucedo, é muito grande o volume necessário de máscaras para cuidar dos idosos, então essa doação vai contribuir muito para os funcionários do asilo, assim como, de alguns idosos que são conscientes e conseguem manter a máscara no rosto.

Outros espaços que receberam as doações foram o Cotolengo Sul-mato-grossense, com 175 doações, a Maternidade Cândido Mariano, na capital, com 380 máscaras de proteção para auxiliar os profissionais de saúde durante os atendimentos realizados com pacientes de todo o estado. Já na Casa da Mulher Brasileira foram distribuídas 350 peças, como parte das ações sociais de auxílio à prevenção da Covid-19. No local, atuam cerca de 250 profissionais e atendem a uma média de 100 pessoas todos os dias.

Cuidado

A produção dentro das unidades penais tem a supervisão da equipe do infectologista Júlio Croda, Mariana Croda e enfermeiro e doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias, Everton Ferreira Lemos, garantindo a eficácia do produto. Todos os reeducandos que atuam nas oficinas de produção dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) recebem remição de um dia na pena a cada três trabalhados, conforme previsto na Lei de Execução Penal.

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