Detentas passam a fazer perucas para adultos e crianças com câncer

04/07/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Mulheres presas no Estabelecimento Penal de Três Lagoas começaram a produzir perucas para pessoas que perdem o cabelo por conta de tratamento do câncer.

O projeto Banco de Perucas é da Rede Feminina de Combate ao Câncer e recebeu o apoio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para que fosse viabilizada a participação das detentas.

“Fico muito feliz por saber que o trabalho que a gente está fazendo aqui vai ajudar pessoas que estão passando por uma doença tão terrível, principalmente que crianças também são beneficiadas com elas”, disse Cristiane, uma das cinco presas que participam do projeto.

O trabalho também está ajudando a capacitar essas mulheres para aprenderem uma profissão. Elas recebem o benefício de um dia a menos na pena a cada três de serviço prestado.

A diretora da unidade prisional, Leonice Miranda Rocha Guarini, explicou que antes das internas serem convidadas a participar da produção de perucas foi feita palestra para detalhar quem iria usá-las.

“Primeiramente, foi realizada uma  palestra para elas, esclarecendo sobre os trabalhos desenvolvidos pela Rede Feminina de Combate ao Câncer, inclusive com explicações sobre o destino dado às perucas e a importância de doações de cabelos, o que sensibilizou e incentivou até algumas reeducandas a querer doar seus cabelos”, contou a diretora.

O salão Spaço Mega Hair fez curso de capacitação com as detentas. A cabeleireira Angela Fernández foi a responsável pelas aulas às mulheres.

São várias instituições de Três Lagoas que promovem a distribuição das perucas, entre elas o Núcleo de Oncologia do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.

Correio do Estado