Defesa espera segundo laudo sobre morte de Raquel, jogada viva na vala
Raquel passou mal durante encontro às escondidas e foi deixada pelo amante na vala onde morreu
A defesa do homem acusado de jogar Raquel Perciliano, de 59 anos, em uma vala em Terenos, a 31 quilômetros de Campo Grande, após a mulher passar mal durante uma relação sexual, espera pelo segundo laudo que deve ser emitido. O caso ocorreu no dia 27 de julho.
Conforme o advogado Ivan Oliveira da Silva, um segundo laudo foi pedido já que, conforme a defesa, o primeiro teria sido inconclusivo sobre a causa da morte de Raquel. Ainda segundo Ivan, o primeiro laudo trazia que Raquel havia sido jogada viva na vala, “aparentemente pelo hematoma”, disse Ivan se referindo ao ferimento na cabeça da vítima.
O advogado disse ao Jornal Midiamax que este segundo laudo seria para determinar com certeza a causa da morte. Sobre seu cliente, Ivan falou que “está bem dentro do possível”. Ele segue em liberdade.
O delegado Matheus Crovador disse ao Midiamax que espera pelo laudo sobre possível infarto e confirma que o primeiro foi inconclusivo. Ainda não há data para este segundo laudo.
Laudo atestou ferimentos em Raquel
Segundo o delegado Matheus Crovador, o laudo emitido em agosto deste ano, atestou que os ferimentos da face de Raquel foram provocados em vida por ação contundente, o que segundo Crovador teria ocorrido quando ela foi jogada na vala pelo amante.
Mas o delegado afirmou que não foi confirmada a causa da morte de Raquel e por isso exames complementares foram solicitados, para verificar problemas de coração. A causa ainda segue como indeterminada, segundo o delegado.
O amante disse que teve um surto quando viu Raquel passando mal e depois morrendo. O advogado do suspeito, Ivan Oliveira da Silva, disse que o cliente contou que ‘entrou em surto’ quando o questionaram sobre o motivo de não levar a vítima para o hospital. “Quando viu a vítima passando mal, pensou que ela estava morta e entrou em surto. Ele ficou desesperado e sem saber o que fazer”, afirmou o advogado.
Imagens de câmeras de segurança
As imagens mostram que Raquel estava no banco da frente do veículo. O encontro durou cerca de 15 minutos, sendo que logo depois, o homem retornou sozinho. O advogado do suspeito relatou ao Jornal Midiamax que ele havia se assustado quando viu Raquel passando mal e sangrando.
Mas a perícia não encontrou vestígios de sangue no carro e nem sinais de luta. Também não há indícios de que ele parou para socorrê-la. Inicialmente, o Imol (Instituto de Medicina Legal) atestou que Raquel morreu devido a um infarto.
Thatiana Melo
MIDIAMAX