Criança agredida na rua tem morte confirmada e família doa órgãos
Eloá foi agredida por homem enquanto passeava com a mãe; Sepultamento foi neste domingo
Eloá Aquino Carvalho, 3 anos, teve a morte encefálica confirmada por médicos da Santa Casa de Campo Grande. Criança foi agredida na última quarta-feira (11), na Moreninha, por um homem de 34 anos que a arrancou do carrinho de bebê e a arremessou de cabeça no chão por diversas vezes. Após confirmação da morte, família autorizou a doação de órgãos da menina, que foi sepultada na tarde deste domingo.
Protocolo de morte encefálica foi aberto na quinta-feira (12) e Eloá passou por três tipos de testes, onde foi constatado que ausência de atividade cerebral e atestada a morte. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, dois rins foram captados e enviados para pacientes de São Paulo, enquanto as córneas foram levadas para o Banco de Olhos do hospital.
A criança foi brutalmente agredida na quarta-feira (11). A mãe carregava a menina em um carrinho pela rua Baoba, na Vila Moreninha III, quando o suspeito se aproximou, pegou a menina do carrinho, a levantou acima de sua altura e, segurando-a, a arremessou de cabeça no chão por algumas vezes.
Eloá foi imediatamente socorrida pela mãe e levada até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moreninha, mas devido a gravidade do ferimento, foi transferida para a Santa Casa de Campo Grande, onde deu entrada às 11h30 com traumatismo cranioencefálico (TCE) grave e não resistiu aos ferimentos.
AGRESSOR PRESO
O suspeito foi agredido por moradores do bairro e contido até a chegada da Guarda Municipal. Ele foi encaminhado para a UPA da Vila Almeida, e, após receber alta médica, foi encaminhado para a Delegacia de de Polícia Civil, onde foi autuado por homicídio simples na forma tentada e tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe. Com a morte da criança, a tipicação do crime deve ser alterada.
em audiência de custódia, ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Na audiência, defesa apresentou documentos que comprovam que o suspeito é interditado por doença mental, com CID de esquizofrenia, e pediu a liberdade provisória com aplicação de medida cautelar, especificamente internação provisória em unidade especializada de saúde.
Juíza Luciane Buriasco Isquerdo afirmou que pela gravidade da conduta e natureza do crime, com emprego de violência a pessoa, não é recomendável concessão de fiança ou medida cautelar mais branda. Além disso, ela considerou que há prova da materialidade e indício de autoria nos autos, sendo necessária a conversão da prisão em flagrante em preventiva.
Magistrada também determinou que ofício seja encaminhado a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informando que o preso necessita de atendimento pela ala de saúde. Ele deu entrada no Presídio de Segurança Máxima ainda na sexta-feira.
Por GLAUCEA VACCARI
CORREIO DO ESTADO