Alunos da escola municipal Barão do Rio Branco, em Corumbá, a 415 km de Campo Grande, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, tiveram as salas de aulas invadidas por cortinas de fumaça na tarde de terça-feira (18). Cerca de 300 alunos, com idade entre 4 e 10 anos, estavam em período de aulas quando um incêndio em um terreno ao lado atrapalhou.

A rotina do local teve de ser alterada para tentar minizar o problema. Pais que foram deixar os filhos na escola reclamaram do cheiro e do desconforto para respirar. Alguns alunos usaram peças de roupa para tapar as vias aéreas e tentar filtrar a fumaça. Outros usaram a mãe no rosto para amenizar o desconforto. O incêndio foi em um terreno baldio com mato alto, ao lado do colégio.

O fogo se espalhou rapidamente e, mesmo depois que o fogo foi apagado, a fumaça ainda continuou e os alunos precisaram almoçar dentro da sala de aula. Cinzas foram parar no chão da escola e os funcionários precisaram colocar panos molhados nas aberturas das salas de aula para evitar que a fumaça entrasse.

Quando chegamos, a escola estava tomada pela fumaça, as crianças tossindo muito, e é uma fumaça que chega arder a garganta, o peito da gente, comentou a diretora adjunta da escola, Telma Nascimento.

Além da escola, a fumaça também atingiu outro imóvel ao lado do terreno e casas vizinhas. Os moradores usaram pedaços de pano molhados no rosto para tentar respirar melhor. A preocupação maior era com a saúde das crianças, principalmente as que tinha doenças respiratórias.

Incêndios como esse mantém Corumbá em primeiro lugar no ranking dos municípios com maior número de focos de queimadas no país. A situação preocupa autoridades e moradores. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até agora Corumbá registrou 950 focos de incêndio, tanto na região urbana quanto nas áreas do Pantanal.

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