CORREDOR BIOCEÂNICO: Rodovia que liga Brasil e Paraguai será concluída em 2022
A pavimentação da rodovia que integrará o corredor Bioceânico Atlântico-Pacífico tem previsão de conclusão em 2022, anunciou o governo de Mato Grosso do Sul.
Atualmente, a edificação avança no trecho da região do Chaco (Pantanal Paraguaio) e consolida o projeto de integração que ligará a ponte de concreto sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta.
Ao todo, a implantação da rodovia, que totaliza 497 km – Carmelo Peralta a Marechal Estigarribia, na fronteira com a Argentina – corresponde ao único trecho da Bioceânica não asfaltado.
Da Argentina aos portos de Iquiqui e Antofagasta, no Chile, o corredor conta com pavimento de qualidade, percorrido em 2017 pela expedição realizada por empresários do setor de transportes de Mato Grosso do Sul. A nova rota tem 1.900 km, a partir de Campo Grande.
COMPLEXIDADE
O grau de dificuldades para pavimentar a rodovia do Chaco Paraguaio, devido às condições de solo e clima e distância do material de compactação, se assemelha ao desafio enfrentado pela engenharia brasileira para implantar 220 km da BR-262, cortando o Pantanal de Miranda a Corumbá, nos anos de 1980.
Segundo o engenheiro Paulo Soares, da Queiróz Galvão, empresa que integra o consórcio contratado para executá-la, cumprir prazos é “um combate diário”.
No entanto, o primeiro trecho, de 227 km, segue seu cronograma em duas frentes – Carmelo Peralta e Loma Plata -, com previsão de conclusão do primeiro lote em setembro, de 24 km.
Esse é o total a ser pavimentado a cada três meses, conforme o contrato. “Estamos transportando pedra de uma distância de 400 km. O material existente é muito úmido e de baixa qualidade, que está sendo melhorado com uma composição com cal e cimento”, disse.
A obra executada pelo Consórcio Corredor Vial Oceânico (Queiróz Galvão e Ocho A, esta empreiteira paraguaia) tem 20 trechos nessa primeira etapa e custará U$ 420 milhões. O primeiro trecho em Carmelo Peralta está com 42% concluído, e de Loma Plata, 39%, incluindo quatro pontes.
O serviço está sendo executado na região de maior fluxo de água e conta com 600 operários e 400 equipamentos. A segunda fase, de 220 km, deverá ser licitada ainda esse ano.
*Com colaboração de Sílvio de Andrade
Por ALINE OLIVEIRA
Foto: Chico Ribeiro / Governo MS
CORREIO DO ESTADO