Corpo de adolescente morta em tiroteio é levado para despedida do pai em presídio

05/05/2024 12h32 - Atualizado há 6 mêses

Pai da adolescente cumpre pena por roubo e tráfico de drogas

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Marcas de tiro na residência (Ana Laura Menegat/ Jornal Midiamax)

O corpo da adolescente, de 14 anos, que morreu em um tiroteio na Rua Flor de Maio, no bairro Jardim das Hortências, na noite desta sexta-feira (3), foi levado na manhã deste domingo (5) para a despedida do pai, que está preso no PTran (Presídio de Trânsito) de Campo Grande. A menina foi baleada por engano, enquanto estava na frente de casa com grupo de amigos tomando tereré.

O velório da adolescente ocorrida desde às 19h na Pax Mundial, em frente ao Horto Florestal. Por volta das 08h40, o caixão com o corpo da menina foi levado para o PTran. O pai pôde ficar cerca de 10 minutos em despedida da filha, ocasião na qual conseguiu se despedir e realizar orações.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que o velório no presídio é um procedimento normal, para que os detentos possam se enlutar pelos entes queridos.

O outro adolescente, de 13 anos, que também foi morto, foi velado e sepultado no sábado (4). Outras duas adolescentes foram atingidas de raspão.

Conforme informações apuradas pelo Jornal Midiamax, o pai da adolescente está detido por roubo e tráfico de drogas.

Alvo vendia drogas

Segundo a mãe das meninas feridas, as duas estão muito abaladas com a perda dos amigos e também com a situação vivida.

Ela conta que o grupo de adolescentes estava sentado na calçada de uma casa, tomando tereré e conversando. Por volta das 21h, uma dupla chegou em uma moto e parou em frente de uma residência que serve como ponto para venda de drogas. A casa em questão fica de frente para o local que os jovens estavam.

Foi então que a dupla começou a disparar contra o homem que fornece os entorpecentes. Ele, para tentar se esquivar das balas, correu para onde os adolescentes estavam, momento em que os dois foram atingidos.

“Eles não tinham nada a ver com a história. A gente nem sabe onde esse cara mora, a gente só vê ele aqui porque é um ponto de droga”, lamentou.

Victória Bissaco e Renata Portela

MIDIAMAX