Conab mantém projeção de ligeira queda na produção de cana em MS

20/12/2016 00h00 - Atualizado há 5 anos
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Divulgação

A produção de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul na safra 2016/2017 deve ter uma ligeira retração, 0,2% frente ao ciclo 2015/2016, caindo de 48,685 milhões de toneladas para 48,588 milhões de toneladas. É o que aponta o terceiro levantamento sobre a cultura divulgado nesta terça-feira (20), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A Conab aponta que apesar de um incremento de área de 6,7% nesta temporada ante a anterior, com os canaviais passando de 596,8 mil hectares para 636,5 mil hectares, deverá ocorrer uma redução da produtividade média de 6,4%, o que representa uma diminuição de 81,582 toneladas por hectare para 76,335 toneladas.

Essa queda de rendimento médio dos canaviais foi ocasionada, conforme a empresa pública, principalmente pelos fatores climáticos, como chuvas abaixo do normal, principalmente na região norte do estado. Além disso, apontou ainda que o estado tem nesta temporada áreas maiores de quinto e sexto corte, em que a produtividade é menor, o que indica aumento da renovação para a próxima safra.

Em relação a quantidade de cana-de-açúcar destinada a fabricação de cada um dos dois principais produtos do setor sucroenergético, açúcar e etanol, o chamado mix de produção, o levantamento da Conab indica que nesta temporada está mais “açucareiro” do que na anterior. No ciclo 2015/2016, 22,39% da produção estadual (10,905 milhões de toneladas) foi destinada ao processamento do alimento e na 2016/2017 o percentual subiu para 28,95% (14,069 milhões de toneladas).

Com maior quantidade de matéria-prima disponível a produção de açúcar em Mato Grosso do Sul no ciclo atual deve crescer 32,3% em comparação com a do anterior, saltando de 1,325 milhão de toneladas para 1,752 milhão de toneladas, o equivalente a 427,6 mil toneladas a mais.

A Conab destaca que o cenário de déficit na produção mundial, estoques globais baixos e abertura de novos mercados na União Europeia, alavancou os preços e ajudou a elevar a “representatividade da commoditie” entre os principais produtos exportados pelo estado e país.

Ressalta ainda que a valorização do dólar acabou favorecendo também as vendas internacionais, o que levou várias plantas sucroenergéticas a aumentarem a produção de açúcar em detrimento do etanol.

Quanto ao biocombustível, a quantidade de cana destinada a sua fabricação caiu de 77,60% da produção estadual para 71,04%. Essa retração de 37,779 milhões de toneladas para 34,518 milhões de toneladas no principal insumo, deve provocar uma redução no volume produzido no estado nesta temporada em relação a anterior, de 6,6%, caindo de 2,820 bilhões de litros para 2,634 bilhões de litros.

Do etanol processado em Mato Grosso do Sul nesta temporada, 29,83%, o equivalente a 785,793 milhões de litros, foram do tipo anidro, que é misturado a gasolina, e 70,16%, o que representa 1,848 bilhão de litros, do hidratado, que é comercializado diretamente nos postos de combustível para os veículos flex e os 100% dedicados.

G1 MS