Com bota suja de sangue, autor que matou homem pisoteado disse que agiu para se defender
Homem disse que se defendeu ao ser agredido pela vítima
Anderson Ferreira Santos, de 40 anos, morreu a caminho da Santa Casa de Campo Grande quando foi transferido por meio de vaga zero, após ser socorrido gravemente ferido ao ser pisoteado e golpeado com madeira na cabeça em Água Clara, 193 quilômetros da Capital.
O homem, de 44 anos, preso em flagrante a princípio negou os fatos, depois disse que agiu para se defender já que havia se desentendido com a vítima, e Anderson teria lhe desferido um soco na boca e outro no olho esquerdo. O autor ainda disse que outros dois homens também teriam agredido a vítima.
A polícia chegou até o autor através do relato de uma testemunha que presenciou o crime e descreveu o suspeito. O homem foi localizado no no quintal de uma casa próxima ao local do crime. A bota do autor havia resquícios de sangue.
Ele então foi detido, algemado e levado para o hospital para exame de corpo de delito e após para a delegacia.
Ele contou que acabou desferindo alguns chutes na cabeça da vítima, porém outros dois indivíduos também teriam agredido a vítima.
Ele confirmou ainda que já ficou preso 14 anos por homicídio em Cassilândia.
A vítima foi encontrada caída com o rosto ensanguentado e fratura no crânio. Próximo ao corpo foi apreendida pelos milicianos uma tábua de madeira toda suja de sangue, provavelmente utilizada pelo autor para golpear o rosto da vítima, a qual apresentava vários traumas em sua face.
Anderson recebeu atendimento no hospital, mas após reanimação cardiopulmonar, já que apresentava traumatismo craniano e o olho direito dilacerado, foi transferido para Campo Grande, mas durante o trajeto morreu.
A polícia conseguiu identificar a vítima através de um aplicativo no celular que estava com ela, onde constava endereço de email.
Mirian Machado
MIDIAMAX