Campo Grande vai tentar trazer médicos do interior para ampliar leitos de UTI

05/08/2020 09h32 - Atualizado há 3 anos

Capital tem 76 profissionais capacitados para atuarem em UTIs e número é insuficiente para ampliações

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Leito de Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional na Capital - Chico Ribeiro/Segov

Daiany Albuquerque

Para conseguir ampliar o número de vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), além de toda a estrutura, também é necessário que haja profissionais capacitados para o setor, que estão em falta neste momento da Capital. Para aumentar o número de médicos intensivistas, que são 76 em Campo Grande, a prefeitura deverá ir atrás de servidores que estão no interior.

De acordo com o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), a administração está buscando alternativas para conseguir implantar esses leitos novos na cidade. “Não se forma esses profissionais em 1 mês ou em 1 ano, então estamos buscando trazer pessoas para cá de outras cidades, que já estão diminuindo a pandemia”, declarou.

Campo Grande é o município com o maior número de profissionais intensivistas do Estado. De acordo com dados do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS), são 76 desses médicos na Capital e apenas 27 no restante do Estado.

Conforme matéria do Correio do Estado publicada nesta terça-feira, a Capital quase dobrou o número de leitos no setor por conta da pandemia da Covid-19. Dados do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (Cnes) mostram que em fevereiro deste ano a cidade tinha 351 leitos de UTI (contando UTI para pacientes da Covid-19, pediátricos e coronariana), entretanto, hoje esse número está em 475.

E ainda há previsão de que mais 120 leitos sejam implantados em Campo Grande este mês. São 10 no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, 10 no Hospital Adventista do Pênfigo, 40 na Cassems e Unimed e outros 60 que ainda devem ser definidos pelo governo do Estado e prefeitura.

Esses últimos, porém, ainda precisam de outros equipamentos para serem implantados, já que o Ministério da Saúde enviou apenas os respiradores pulmonares. O maquinário, como monitores, desfibriladores, bombas de infusão, entre outros. Segundo o prefeito, esses equipamentos serão adquiridos pela prefeitura e pelo governo para que as vagas sejam ampliadas.

“Estamos agora atrás de estrutura humana. Já trouxemos 970 novos funcionários na saúde e buscando mais”, afirmou Trad. Segundo o presidente do CRM-MS, Maurício de Barros Jafar, alguns médicos na Capitai já estavam atendendo a 15 pacientes ao mesmo tempo, em cada plantão, sendo que o recomendado é de 1 médico para cada 10 leitos.

CORREIO DO ESTADO