Buracos que nunca acabam na rodovia MS-436, entre Camapuã e Figueirão
Problema que não acaba. Desde janeiro de 2015, o Correio do Estado denuncia a condição precária da MS-436, rodovia estadual cujo primeiro trecho, de 106,8 km, liga os municípios de Camapuã e Figueirão.
Rota de escoamento de gado e rodeada por propriedades rurais, a estrada padece ano a ano sem solução para buracos e erosões ao longo da pista.
Quem trafega por lá com frequência diz que os serviços de manutenção, com tapa-buraco e recapeamento, não passam de “maquiagem”, apesar de ser melhor que a estrada de terra que se via no local antes de abril de 2013, quando a MS foi inaugurada.
O trecho mais crítico, conforme visto in loco pela reportagem na quinta-feira (27), é entre os quilômetros 10 e 12, em que buracos se confundem com a terra e formam crateras que mais parecem enormes panelas.
Carros e caminhões desviam de um e caem em outro, sem alternativa de caminho livre. É preciso até acessar a contramão para tentar passar por trecho menos prejudicial ao veículo.
O produtor rural Donete Silvério, 58 anos, mora em Campo Grande, mas mantém propriedade na região há 30 anos. Ele conta que a rodovia apresenta problemas desde que foi inaugurada e que os serviços feitos não passam de “enganação”.
“Eles vieram e maquiaram aí. O Ministério Público bateu em cima e tentaram enganar, mas a rodovia está do jeito que você vê aí e é assim desde que se inaugurou, porque diz que se inaugurou, né? Mas sempre apresentou defeito”, afirma.
*Leia reportagem, de Lucia Morel, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.
Imagem Valdenir Rezende/Correio do Estado