Aplicativo que monitora infectados será comprado até fim do mês

17/05/2020 16h40 - Atualizado há 4 anos

Ferramenta informa quem teve contato com casos confirmados de Covid-19

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Aplicativo já funciona em alguns estados e pode monitorar Mato Grosso do Sul também - Foto: Bruno Henrique/ Correio do Estado

O Governo do Estado deverá publicar até o final deste mês o chamamento público que tem por finalidade adquirir um aplicativo que possa ajudar na identificação de possíveis casos da Covid-19. Isso porque a ferramenta informa as pessoas que tiveram contato com casos confirmados da doença.

A princípio, segundo o titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Geraldo Resende, o governo deverá abrir o processo para mais empresas, entretanto, apenas uma até agora parece ter correspondido ao que deseja a secretaria, o Dycovid, desenvolvido pela startup Mamba Labs, de Pernambuco.

“Vamos ver se tem outros aplicativos com a mesma eficácia. Faremos um chamamento público para empresas que tenham condições de se habilitar. Mas até agora o mais apropriado para o nosso Estado é o Dycovid”, informou Resende.

A ferramenta foi desenvolvida durante o Desafio Covid-19, iniciativa de inovação lançada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Porto Digital e Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE). A ideia era apoiar o desenvolvimento de tecnologias para combater a pandemia do novo coronavírus.

O app, que já está disponível no estado nordestino, monitora, por meio de geolocalização as pessoas que tiveram diagnóstico positivo para a doença e informa quem já teve contato com ela e também alerta pessoas que por algum motivo estejam se aproximando.

Resende afirmou que ainda não tem estimativa de quanto isso deverá custar para o Estado, mas salienta que será outro meio de contribuir para a prevenção do aumento do número de contaminados pelo novo coronavírus. De acordo com o secretário, o governo estuda colocar uma cláusula no contrato que preveja rompê-lo em três meses caso “não servir” para o que a secretaria deseja.

Para o médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, esse investimento será essencial para que o Estado consiga conter os casos. “Ou investe em tecnologia para isolar os casos e contatos, ou vai ver os casos aumentarem muito rápido”.

Daiany Albuquerque

CORREIO DO ESTADO