Amigo de PM morto estaria jurado de morte por envolvimento com mulher de traficante
Traficante de Campo Grande pode estar envolvido na morte do policial militar Douglas Danilo Vitória Duarte, 34, ocorrida na madrugada de domingo, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Hipótese sustentada pela polícia do país vizinho é de que um amigo do militar e que o acompanhava com outras pessoas durante passeio na fronteira, estava jurado de morte por ter se envolvido com a mulher do traficante.
Após serem detidos para esclarecimentos, em razão de terem se escondido após o crime, os amigos de Douglas foram liberados pela Justiça, a começar por três mulheres. Logo depois, dois homens também foram soltos. Todos foram ouvidos com a assessoria jurídica do consulado brasileiro, que pediu a liberação do grupo.
A polícia paraguaia sugere que a investida contra o militar tenha sido resultado de ordem enviada por um traficante, supostamente ligado à facções criminosas. O ato seria uma forma de retaliação ao homem que estaria jurado de morte.
Apesar dos 14 tiros recebidos na frente do Hotel Divisa, onde estava hospedado com o grupo, Douglas pode ter sido morto por engano, em razão de ser fisicamente parecido com o amigo. Ou então foi atacado estrategicamente, porque fazia a segurança particular do acompanhante.
O fato de estarem em solo paraguaio para inauguração de uma casa noturna facilitava o homicídio, pois os pistoleiros conseguem fugir facilmente pela fronteira aberta. No entanto, a rápida ação da polícia impediu que o plano dos executores fosse levado adiante. Logo depois da morte de Douglas, os amigos se esconderam no hotel, onde foram detidos e levados até uma delegacia.
EXECUÇÃO
De acordo com a PM, Douglas e amigos haviam se reunido a passeio em Pedro Juan Caballero, para participarem de evento na casa noturna Ibiza, hospedando-se no Hotel Divisa.
No início da madrugada de domingo, Douglas saiu em direção ao automóvel que estava estacionado em frente ao hotel. Foi surpreendido por dois pistoleiros, que atiraram em sua direção.
Douglas morreu no local, atingido por 14 disparos. Ele era solteiro e residia na Vila Planalto, na Capital. Estava na PM desde 2008. Formado em fisioterapia, trabalhava na Policlínica da corporação, no Jardim São Bento, onde prestava atendimento para policiais e familiares. (Colaborou Léo Veras)
Correio do Estado