VÍDEO: Abuso de fornecedores de insumos desperta a ira em diretor do Procon; Veja o vídeo

20/03/2020 10h36 - Atualizado há 4 anos

O produto, que custava R$10 com 50 unidades, após a pandemia subiu para R$ 180, também com o mesmo número de unidades.

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Divulgação

Após fazer fiscalização em alguns estabelecimentos de Campo Grande, o superintendente do Procon estadual, Marcelo Salomão, flagrou algumas irregularidades, uma delas, e que trouxe muita indignação a ele, é o aumento do valor repassado por uma indústria de luvas. O produto, que custava R$10 com 50 unidades, após a pandemia subiu para R$ 180, também com o mesmo número de unidades. “Minha indignação hoje é muito grande. Indústrias canalhas, covardes, canalhas ao extremo, estão superfaturando os preços”, diz parte do vídeo que Salomão divulgou em suas redes sociais.

A indignação do superintende tem relação com a falta de produtos que está acontecendo nas farmácias e nos hospital da Capital. “Não estão entregando os produtos aos hospitais particulares e públicos e estão querendo ganhar dinheiro às custas da humanidade. Você é um canalha, você é um covarde. Você não tem noção do prejuízo que você está causando na humanidade”, reforça Salomão.

De acordo com o superintende, na tarde desta quinta-feira (19) a equipe do Procon estadual visitou várias farmácias e hospitais. “Presenciei muitos comerciantes que estavam sem produtos e eu fui nas distribuidoras e peguei as notas das distribuidoras e as indústrias estão superfaturando esses produtos. Seu canalha, quer enriquecer em cima da crueldade. A população vai sofrer por sua causa” declarou Salomão.

A situação também está acontecendo na indústria alimentícia. O presidente da Associação Sul-Matogrossense de Supermercados, Edmilson Jonas Veratti, declarou que o leite longa vida, um dos produtos mais procurados nos supermercados, já subiu de preço. “Leite longa vida já tem R$1,00 de aumento. Não é o momento de fazer esse aumento”, afirmou Veratti.

Em entrevista ao Tribuna Livre, o presidente da associação declarou ainda que não se sabe o motivo do aumento exagerado da compra de papel higiênico. “Existe uma suspeita que estão usando para fazer máscaras. Tem a questão do gel de cabelo também, que aumentou. O gel é para o cabelo e não tem como colocar álcool” alertou o presidente.

AGLOMERAÇÃO

Outra preocupação das autoridades tem sido as aglomerações que estão acontecendo nos supermercados de Campo Grande. “Não adianta nada essa fila pro lado de fora do supermercado, está acontecendo aglomerações. E sem contar as famílias que em seis pessoas para os mercados, não façam isso, vá apenas um da família”, alertou o presidente da associação.

Veratti disse também que os estabelecimentos já estão colocando limite máximo de venda de produtos e que não é necessário estocar comida, pois não vai faltar. “Os abastecimentos ocorrerão normalmente” declarou o presidente.

Izabela Jornada - CORREIO DO ESTADO